quarta-feira, janeiro 30, 2008

Jornal Internacional- Continuação.

Se você assistiu a primeira etapa desta grandiosa produção num post abaixo, não pode perder a continuação que tem entrevistas mirabolantes e performances de tirar o fôlego.





Tico Sta Cruz

terça-feira, janeiro 29, 2008

Outro de mim.


Quantos eus cabem em mim?
Com quantas formas?
Com quantos desejos?
Quantos sonhos?

Posso ser quem quiser.
E voltar a ser quem ainda não fui.
Minha viagem egocêntrica avermelhada.
Minha viagem é de luz.

Fui cair justo aqui na terra.
E experimentar ser humano.
Latino americano, Brasileiro, Carioca.
Um monte de pensamentos misturados.

É.

Ser.

Tico Sta Cruz

domingo, janeiro 27, 2008

Curiosidades

Quantos livros você lê por mês?

Qual foi o último título?

Está lendo o que no momento?

Um estudo mostrou que 70% dos brasileiros não têm hábito de leitura, que alguns lêem no máximo um livro por ano.

Ouvi isso hoje a tarde na TV e encontrei um certo sentido para o que estamos vivendo:

Paz, carnaval, futebol
Não mata, não engorda e não faz mal
Carnaval, futebol
Se joga para cima e vira Sol

Vai vai vai suba aqui no meu avião
Vem vem vem que o Brasil não tem vulcão
Vai vai vai suba aqui na minha moto
Vem vem vem que aqui não tem terremoto

Paz, carnaval, futebol
Não mata, não engorda e não faz mal
Carnaval, futebol
Se joga para cima e vira Sol
Temporal de calor

Com mil sorvetes, o tempo é bom para o meu amor
No Pólo Sul tem vento frio
Pra namorar, vem todo mundo atrás do trio
Beijar docinho, estou doidinho, pra te molhar a boca
Insolação, febre e paixão

Dei férias ao meu coração
Eu canto
Em Paz, carnaval, futebol
Não mata, não engorda e não faz mal
Carnaval, futebol
Se joga para cima e vira Sol

.........................................................


É isso.
Pra entrar no clima do CARNAVAL.

Beijos

Tico Sta CRuz

terça-feira, janeiro 22, 2008

Qual é o seu nome?

Tenho certo receio de indicar filmes aqui no Blog.
O Tropa de Elite que assisti e acreditei ser uma dessas histórias que levam as pessoas a reflexões e debates acabou sendo um gol contra os assuntos sérios a serem tratados de forma pragmática. A maioria dos espectadores acabou adotando o discurso do Capitão Nascimento que veio a se tornar um herói nacional tornando sua máxima um retrocesso nas discussões com relação as políticas de conscientização e descriminalização da Maconha (da qual sou totalmente a favor do debate). Peço por gentileza aos amantes da literatura que não tenham preguiça de ler o ELITE DA TROPA que é um livro extremamente esclarecedor e longe dessas demagogias para agradar a sociedade hipócrita e esquizofrênica.
Hoje acompanhei a saga “Meu nome não é Jhonny” de Guilherme Fiuzza que conta a historia de João Guilherme Estrela, um rapaz de classe média alta que tornou-se traficante de drogas nos anos 80. Antes de tudo insisto para que os iniciados peguem o livro que sempre é mais completo e profundo do que o que passa na tela dos cinemas, este em especial, uma leitura absolutamente deliciosa.
Fiuzza conduz com maestria o filme que tem o especial e divertido Selton Mello dando um show para variar ( assistam Árido Movie com ele também). Mostra com clareza como funciona este mundo paralelo fora do sistema óbvio das organizações criminosas. Tendo em vista que João Estrela não passava de nada mais que um desses “amigos” que tem contatos e fornecem drogas sem que seja necessário correr o risco de ir a boca para se abastecer. Fico imaginando quantos não existem por ai hoje em dia fazendo o mesmo serviço e ganhando muito mais dinheiro tendo em vista o conforto e a tranquilidade oferecida pelos “deliverys” que com um toque no telefone deixam a encomenda para o cliente onde quiser.

Embora tenha um quê de lições de moral e panfletagem, deixa límpido como o mar do Caribe por onde circula a cocaína que movimenta milhares de dólares no mundo inteiro. Pra começar que o Brasil não planta coca. É tão somente uma excelente rota para Europa que tem um mercado consumidor em eterno crescimento. Mas dentro do meio artístico, da bolsa de valores, dos presídios, quartéis da polícia, festinhas de playboys e patricinhas, empresários, celebridades, políticos, médicos e tantos outros profissionais liberais respeitados ou não, elas estão sempre presentes e desejadas.
João Guilherme acabou se tornando popular por facilitar o destino da droga nos narizes neuróticos que chegavam a incomodá-lo durante as madrugadas em que não estava em atuando.

Negociações feitas no FÓRUM do Rio de janeiro, assim como em outros locais insuspeitos. Policiais corruptos que extorquem o traficante e depois chegam a oferecer o produto de volta em troca de mais dinheiro.
João Guilherme é um cara de sorte. Nas páginas do livro percebe-se que tem realmente uma GRANDE ESTRELA. Bom de papo, inteligente, sagaz, safo, divertido, conseguia se virar bem nos percalços e tinha as saídas certas nas horas certas.
Fiquei feliz em ver a realidade sendo exibida quando uma senhora distinta dentro de seu apartamento de classe média, abre um cofre para oferecer-lhe algumas boas gramas do pó para sustentar a crescente demanda dos clientes de JG. Percebendo que o rapaz estava prosperando lhe indica um contato ainda mais discreto, estando basicamente tudo circulando entre casarões e pessoas que não tem qualquer perfil ou estereotipo do bandido tradicional que aparece nos noticiários. Tanto é que as senhoras que assistiam o filme do meu lado comentaram “nossa, mas essa senhora vende cocaína, ela me parece tão boazinha” comentário esse que só me fez concluir o quanto as pessoas “comuns” vivem no mundo de ALICE no país das maravilhas. Se não posso dizer que seja ingenuidade, posso sugerir total alienação com que se refere a realidade desse mercado tão combatido e tão próspero. O maniqueísmo padrão alimenta muitos e muitos cérebros de pessoas que julgam ter a verdade e o conhecimento do assunto lendo e vendo o jornal nacional e adjacentes.

O Filme ajuda a mostrar que o buraco é muito mais em cima, nas coberturas, nos condomínios, nas casas de bairros ricos, circulando onde viaturas e BOPES não têm permissão para invadir chutando portas e dando tapa na cara de moradores. Quem daria autorização a esses homens de invadir um condomínio de luxo na Barra da tijuca para uma busca e apreensão na casa de filhos de desembargadores, juízes, delegados, gente rica ou influente em geral?
Não vou contar o filme todo. Espero que assistam e prestigiem mais essa beleza produzida no Brazzzzzil.
Acontece que a crítica e a imprensa cismam em tratar o assunto como se fosse só um problema de jovens de classe média que começaram fumando maconha e depois se tornaram traficantes perigosos. O filme mostra muito mais que isso. Mostra que a raiz do problema se alastra por todos os lugares inimagináveis para aqueles que realmente acreditam que é na favela, com os pobres, pretos e soldadinhos que aparecem descendo o morro debaixo de tiro, que o negócio se consolida.
Aquilo ali é a guerra que vende jornal e que dá Ibope. Existe um paraíso inteirinho a disposição de quem não quer se arriscar com gente “honesta” e de “bem” que faz um papel diante da sociedade e outro por trás.

Por isso insisti tanto em pedir aos nossos parlamentares e representantes QUE FIZESSEM O TAL EXAME TOXICOLÓGICO e por isso também que fui praticamente IGNORADO pela imprensa e pelos próprios deputados pois a verdade é que a grande maioria tem telhado de vidro.
Minha luta para desmistificar o assunto e quebrar o tabu para que o debate seja feito por especialistas e gente disponível a tratá-lo de forma séria e inteligente está só começando.
Admiro o Marcelo D2 que é um dos poucos artistas que colocou a cara para bater.
Insisto na classe da qual faço parte, pois é a que conheço, assim como nunca fui santo, tem muita gente que poderia colaborar se não fosse tão covarde.
Mas temos uma imagem a zelar e investimentos que não podem ser prejudicados por um baseadinho consumido nas sombras ou um pozinho cheirado nos intervalos...
Foda-se a criança morrendo na favela no meio dessa guerra infeliz.

Voltando...
No natal recebi de uma lista dessas de e-mails que passam correntes com palavras bonitas um monte de baboseiras a respeito do espírito natalino. Observei que na lista continha vários nomes de gente importante, artistas famosos, produtores, diretores, enfim... Talvez por falta de educação não retribui os votos e sim um texto falando sobre a necessidade de que apareçam outras pessoas com influência sobre a opinião pública para que possamos unir forças e levar assuntos políticos e sociais importantes ao foco do grande público que lhes cercam. Sabe quantos me responderam?????????????????

Deixa isso pra lá, o mesmo aconteceu com outras listas que recebi e encaminhei textos pedindo ajuda.
A verdade é que ninguém quer se comprometer e na hora de dar declarações públicas prevalece o muro largo que sustenta os dois pés de quem tem o holofote na mira.
Sei que fico sendo o chato, o inconveniente, para alguns o que quer aparecer e etc, mas é triste ver o quanto é difícil conseguir aliados nessa luta complexa e recheada de hipocrisia, ignorância e demagogia.

Toda vez que assisto filmes ou leio livros que tratam desse assunto uma cachoeira de pensamentos tomam conta de mim e acabo precisando desabafar.
Somos um bando de covardes.
João Guilherme Estrela, foi um cara de sorte e teve competência para se desvencilhar dos problemas com os quais se envolveu. Contou com a empatia de uma juíza e o mapa de seu advogado que lhe livrou de um bom confinamento num desses infernos que são as penitenciárias de nosso país. Mas é importante lembrar que o fato de ser um jovem, branco, de classe média, sem antecedentes criminais, boa aparência e outros valores que num julgamento como a própria juíza disse no filme: “Direito não é matemática”, fez com que seu destino fosse diferente de muitos outros que são presos em situações parecidas e não tem a mesma ESTRELA.
Em minhas idas e vindas com a Caravana Liberdade e expressão pelos presídios da cidade maravilhosa, pude perceber que a população carcerária é em sua grande maioria, pobre ou miserável, negra ou parda, analfabeta e excluída socialmente em seu histórico de vida. Muitos deles presos por tráfico de drogas, alguns com bem menos do que 6 quilos de pó e como não tem um advogado bom e nem dinheiro para fazer brilhar os olhos da justiça com certeza passarão muito mais do que dois anos e meio na cadeia. A justiça deve ser igual para todos, mas sabemos que não é.

Criminoso é criminoso e tem que pagar pelo crime cometido, não estou aqui para aliviar ninguém, todavia, sabemos que a justiça não juga o fato e sim a pessoa.

Guilherme foi corajoso ao expor sua história e o filme é um brinde a reflexões.
Mas se não assistiu ainda, vá com seu senso crítico aberto a várias interpretações e preste atenção nos murmúrios quando a realidade se choca com a cegueira da grande maioria confusa.

Bato na mesma tecla e afirmo com todas as letras.
Temos uma classe artística no Brasil omissa e covarde com relação a estes assuntos.
Enquanto isso trabalhadores e crianças sofrem as conseqüência de nossa HIPOCRISIA e os presídios e carceragens vão se entupindo de Joãos, Antônios e tantos outros que não tiveram a mesma colaboração do divino, se quiser entender assim.

Assista, o filme é maravilhoso.

Tico Sta Cruz

Ps: Poucos comentários no Post anterior, redundância?


domingo, janeiro 20, 2008

Quem? Eu?

O dia em que dei o balão no patrão (meu próprio pai).

Para começar fomos (eu e uns amigos) combinando tudo com outras pessoas pelo celular enquanto dirigia o carro numa velocidade 10% acima da média permitida sem cinto de segurança. Os sinais vermelhos ahahahahahah esses nem merecem meus comentário, perder tempo para que? O destino era um lugar no centro da cidade onde se vende de tudo "du bom". Cds, Dvds, tênis, camisas, chinelo, videogame, produtos eletrônicos em geral. O carro escolhido estava com os documentos atrasados e como não havia feito nenhuma vistoria, preferimos não verificar pneus, faróis e etc. Quem se importa?
No meio do caminho estacionei em cima da calçada por alguns minutos para tirar dinheiro no caixa 24horas, a fila estava grande, inventei uma mentira qualquer e consegui entrar na frente dos outros. Sai com notas altas e precisava trocar, fui ao bar, comprei umas cervejas e notei que havia uma banca de jogo do bicho, resolvi tentar a sorte, até o fim do dia passaria ali novamente para pegar o resultado. Fiz minha aposta e avistei um guarda se dirigindo até meu veículo, pensei, problemas, porém, com a grana trocadinha fui desenrolar a multa que estava sendo aplicada por parar em local proibido, é bem mais barato deixar um café para o homem da lei como o mesmo me sugeriu a dar dinheiro para prefeitura.

Problema resolvido, chave na ignição abrimos as geladas e colocamos o som alto, ao passar por uma rua congestionada diante de um hospital, fiquei irritado com um senhor que demorava a descer do táxi e meti a mão na buzina, outros carros me acompanharam e com o estardalhaço o trânsito fluiu, o sinal apontou o amarelo e ultrapassei fechando um cruzamento. Foi engraçado ver aquele povo todo do outro lado fazendo ainda mais barulho. Uma senhora me xingou e mandei ela a merda.
Foram aproximadamente 10 latinhas até conseguirmos adentrar no harém made in qualquer lugar. Tudo baratinho e idêntico, maravilha. Sacolas lotadas, de volta ao carro para guardar e depois beber mais umas cervas no botequim da esquina. Como estava lotado por estar passando um jogo de futebol na tv saímos sem pagar a conta hehehehehehe.
Rumamos para um termas conhecido e cantado aos quatro cantos naquele pancadão estourado na rádio. Como o dinheiro já estava acabando ficamos só olhando os peitinhos das meninas e reparando na cara constrangida dos coroas que deviam estar lá numa "reunião" enquanto suas esposas esperavam em casa fazendo o jantar. Bebemos mais um pouco e resolvemos dar um rolé em direção a um bairro famoso do Rio. O flanelinha tava cobrando 10 contos para tomar conta do carro. Porra, não paguei não, fala sério.

O lixo acumulado dentro do automóvel foi jogado pela janela, deixando um rastro onde passava.

Fiz uma nova e rápida ligação para um amigo que entende bem de informática, precisava instalar no meu novo computador (arrematado bem no centro do centro da cidade) os programas que obviamente adquiri bem mais baratos que os originais. Chegando lá assistimos um filme que ainda não teve sequer a estréia anunciada para o Brasil em seguida ele colocou na mesa seu mais novo aparelhinho mágico. Um Iphone destes que só vendem lá fora, cheio de sacanagem, funcionando direitinho, totalmente desbloqueado. Aproveitei e encomendei o brinquedinho também. Chega em uma semana.
Sua fonte é muito boa e já o colocou com as mãos no play3, de modo que ofereceu para meu irmãozinho seu play2 antigo com todos os jogos copiados. Já vejo seu sorriso estampado na face quando o futebol começar a rolar.

Com tudo resolvido e esquematizado desci e tive uma surpresa desagradável, meu carro teve o toca fitas roubado. Fiquei puto, liguei para 190 mas ninguém atendeu, resolvi que no dia seguinte voltaria num mercado bem famoso no Rio de janeiro para comprar um som novinho, eles vendem pela metade do preço. Foda-se.

Voltei batendo um pega com um malandrão que piscou os alertas me desafiando mas desisti depois de perceber que o carro dele tinha um turbo envenenado e o meu não passava de 130km/h.
Passei por uma blitz e fui novamente parado, o policial viu que estava um pouco embriagado, me pediu documentos lhe avisei que estava sem, perdi mais 50 pratas para me livrar da dor de cabeça. Duas vezes num dia só parece até mentira né?

Enfim cheguei em casa e liguei a TV, mas não consigo assistir nem um minuto sequer o noticiário.
O Jornal só passa as mesmas notícias de sempre.
Corrupção, violência, tráfico de drogas...
Aqui só tem político ladrão, por isso que o país não vai pra frente.

Fumei meu cigarro, tomei um remédio para dormir e cai na cama.

Amanhã preciso arrumar um atestado médico para justificar a falta ao trabalho.
Meu pai é exigente.
Já sei pra quem vou ligar...

Afinal, sou brasileiro e não desisto nunca.


Tico Sta CRuz

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Jornal Internancional



Divirtam-se.

Tico Sta CRuz

domingo, janeiro 13, 2008

Responda as perguntas.

Perguntas que não foram respondidas por nossas autoridades competentes em 2007 e que clamam por respostas sérias, menos hipócritas, mais inteligentes e menos comprometidas.

No Rio de janeiro no ano de 2007 mais de 6.000 pessoas morreram vítimas de homicídios praticados por armas de fogo. Boa parte desses seres humanos perdeu a vida em confrontos entre policiais militares e organizações criminosas. Podemos incluir nesse ritual macabro, idosos, gestantes, crianças, trabalhadores, estudantes, policiais, cidadãos comuns que são vítimas diárias de balas perdidas, assaltos, dentre outras modalidades violentas associadas ao tráfico de Drogas.
O Filme Tropa de Elite que aconteceu a partir de um livro sério chamado Elite da Tropa potencializou o discurso: “quem compra drogas ALIMENTA O TRÁFICO”.
Argumento esse que embora jogue TODA a responsabilidade para os usuários (O que é um equívoco) não deixa de fazer sentido numa legislação tão confusa e contraditória como à do nosso país.
Sobre este assunto, busco os seguintes esclarecimentos:

1 – Se a repressão a DROGA mata mais pessoas do que o USO da droga, por que a DROGA não é controlada pelo ESTADO, podendo ser taxada e tendo seus impostos revertidos para as áreas da SAÚDE, EDUCAÇÃO, campanhas de prevenção e conscientização pública?

2 – Quantos indivíduos foram mortos vítimas dessa guerra e quantos foram vítimas de OVERDOSES no mesmo período?

3 – O litoral do Rio de janeiro que é extenso e inóspito em muitas áreas tem seu patrulhamento executado por quais e quantas autoridades competentes? Alguém pode vir a público esclarecer se existe uma preocupação com o monitoramento de embarcações suspeitas que possam estar aportando numa praia deserta pela madrugada abastecendo as organizações com armas e drogas?

4 – Observamos com respeito, consideração e confiança ações da Policia Federal desmantelando quadrilhas de traficantes, estelionatários, políticos corruptos dentre outros meliantes nos últimos anos. Mas tendo a mesma Policia Federal a responsabilidade por proteger e controlar nossas fronteiras, portos e aeroportos, quantas foram às operações de sucesso que repercutiram na apreensão de FUZIS E MUNIÇÕES que alimentam os traficantes do Brasil? Qual foi a última grande apreensão IMPORTANTE divulgada na imprensa?

5 – Nesses quase 10 anos de política ostensiva contra o tráfico de drogas no mundo, tratada pela ONU e controlada pelos Estados Unidos com a intenção de erradicar o consumo e venda de drogas ilegais, diminuiu ou aumentou o número de usuários?


6 - O que aconteceria se usuário célebres, incluindo Deputados, Senadores, Governadores, Médicos, Jornalistas, Jogadores de Futebol, Atores, Atrizes, Músicos, Advogados, gente famosa de todas as áreas assumissem publicamente que consomem algum entorpecente ilegal?

7 – Por que quando apresentei meu exame toxicológico completo na ALERJ e desafiei vossos deputados a fazerem o mesmo exame, somente UM aceitou o desafio?

8 – Até quando vamos adiar um debate sério e esclarecedor entre a política, a medicina e a sociedade sobre este assunto tão importante?

9 - Por que ninguém quis publicar estas perguntas?

10- Quem se propõe a responder com conhecimento de causa?

Tico Sta Cruz

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Seguindo a lógica do "Ibope".

Assista primeiro o filme, depois leia o texto.





Os institutos de pesquisa de opinião pública hoje se tornaram grandes impérios que ditam praticamente a ordem cultural, política e comportamental de boa parte do público brasileiro.
Digo público porque brasileiro é quase sempre espectador e não protagonista das ações. Deve ser pelo mesmo motivo que o que é ditado (e editado) torna-se em pouco tempo uma tendência a ser seguida (e perseguida), criando cópias idênticas, movimentos redundantes, celebridades instantâneas, verdades absolutas, conteúdos duvidosos, superficialidade dentre outros adjetivos dispensáveis ( o que não é o caso do filme que disponibilizei para vocês)
Não quero fazer o papel do recalcado que fica o tempo todo reclamando de um sistema do qual participa (ativamente). Seria até uma bobagem de minha parte competir com tantos que lutam por este posto no imaginário crítico da vanguarda do atraso. Ser cool, Cult, alternativo, qualquer rótulo desses que divide mais que agrega e limita mais do que orienta não é meu objetivo.
O fato é que somos um país de "Maria vai com as outras". Questionamos pouco, alguns por medo, mas a grande grande grande maioria por total indiferença.
O juízo que os outros fazem de nós por vezes chega a traçar a escolha por uma profissão, por um lugar para viajar, pelo parceiro(a), pelo cabelo, roupa, música, filme, corpo, adereços, times, comunidades, amigos e blé bli bli. É muito difícil ignorar a força dessa influência, pois até aquele que nega ser influenciado de alguma maneira já esta sendo. Mas descobrir de onde vem os moldes que seguimos pode ser um bom exercício de vida.

Até onde fazemos o que realmente acreditamos e onde abrimos mão de nossos reais objetivos para saciar o desejo ou a opinião de gente que muitas vezes sequer conhecemos?

O "Ibope" ( poderia ser Gillete para lâmina de barbear, Bombril para palha de aço, enfim) é o termômetro que rege por exemplo: quais os candidatos a um cargo político importante preferidos pelos cidadãos ( Mas o voto não era para ser secreto?( percebam quantos enfim vamos ler até o final) enfim ) Geralmente as pesquisas de opinião indicam os primeiros colocados e o público brasileiro apostando nessa informação opta por votar no "menos pior" quando a disputa está acirrada, deixando de lado as propostas, prioridades e todos os requisitos importantes para assumir um cargo público. Depois paga a conta pelo desinteresse. Essa é uma das modalidades que comprovam minha teoria que nem é bem só minha.
A outra são os programas de TV que tem um "medidor" de audiência. Quando a atração está dando "Ibope" deve ser mantida, repetida, sugada até o caroço o contrário a descarta temporariamente ou eternamente (relativo). A tal lógica indica que quanto mais gente assistindo mais caro fica o espaço para o comercial e mais dinheiro entra para a emissora, apresentadores e todos os envolvidos e interessados (dá até pra coprar ROLEX de 50 mil reais dentre outras utilidades). Que bom. Sendo assim, vamos explorar o máximo o que chama atenção.
O que te chama mais atenção?
O que mais chama a atenção do público brasileiro?
Ligue a TV aberta agora e veja o que está passando.
Enfim...
Quem decide o que vai assistir na telinha é você mas quem decide o que vai passar na sua 98polegadas é a massa. A massa é o grande alvo dos produtos oferecidos nos reclames, e no meio desta suruba toda está a qualidade, mas a qualidade é relativa. O problema é o padrão. O padrão quando assume a dinâmica torna-se uma fábrica ultrapotente de novos padrões e isso se refletirá no que vemos, ouvimos e escolhemos. Ou não.
Tudo bem isso deve ser mais uma teoria conspiratória do Tico Santa Cruz, mas pensando bem, quem é que garante que o que diz o "Ibope" é a verdade?


Então pegamos o carro. Ela passou a mão sobre minha calça e sentiu que algo estava saindo do controle. Paramos no meio da estrada velha de Quintamonandile e fizemos sexo.
Perto de nós só as estrelas e os planetas. A coloquei debruçada no capô levantei sua saia e cheguei sua calcinha para o lado. Passei meus dedos. Molhada. Mãos no peitinho, duros e rosados. Mãos na cintura. Mãos segurando os cabelos. Dançamos um novo ritmo, o seu ritmo. O verão tem dessas coisas, atiça a imaginação do que vem pela frente (ela fez plástica para sair no carro alegórico de uma escola de samba, ficou deliciosa). No rádio a música que paguei 100 mil reais para ser permanentemente repetida fazia sucesso, você sussurrava a letra no meu ouvido. Você está tão bonito, me disse olhando no fundo dos meus olhos. Acredito, respondi. “Me come mais forte”, falou.Não respondi. Amanhecemos juntos no motel mais caro da cidade mais barata. Liguei a TV e me vi atuando num programa da emissora que dizia que tocava música. Mas não estava tocando, estava atuando. Como estou atuando agora.
Isso é uma pergunta onde faltou o ponto de interrogação?
Fim.

Ps: Aguardem, vou tirar fotos pelado no próximo capítulo.

domingo, janeiro 06, 2008

Veja minha Caras.



Apresento-lhes meu novo eu.

O mesmo, diferente.

Que aparentemente não pretende

manter-se igual eternamente.


Certa vez cheguei a dizer:

minha imagem expressa meu estado de espírito(?).

Meu eu, meu ser.

Não havia mais o que fazer.


Enjoado de mim

estava eu.

Já era de madrugada quando esse ai nasceu.




Tico Santa Cruz

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Susto, Diálogos e o Profeta.

Olá,
Às vezes abro um diálogo com o pessoal daqui do clubinho.
Quando vejo que algumas pessoas estão tomando rumos estapafúrdios e se confundindo com minhas palavras. Embora o objetivo muitas vezes seja este, me angustia perceber que não estou sendo entendido ou que talvez tenha me expressado mal. O fato é que, li alguns comentários, aqui, no Roque Clube, e-mails e tudo mais, de gente apoiando a tal iniciativa do BOICOTE as pessoas que teoricamente seriam usuários de drogas.
Então lhes pergunto, já que a piada perdeu a graça, quem e o que iria sobrar se fossemos fazer o que muitos sugerem e o que tentei expor de uma maneira tão estúpida que não levei fé de que alguns não perceberiam a intenção?

Eu sou a favor de um debate sério sobre este assunto, Drogas, para evitar estes constrangimentos inúteis.

Imagine só, se eu fosse discriminar os usuários?
Não teria quase com quem conversar. Isolaria-me numa ilha completamente solitária no meio artístico, provavelmente teria uma enorme dificuldade para obter serviços e assistência, enfim. Vamos pensar antes de escrever qualquer bobagem?

Ninguém aqui é obrigado a concordar com tudo que escrevo.
Usem o senso crítico de vocês, até para concordar comigo.

Sinceramente me assustei com o rumo que poderia ter tomado o post.

Mudando de assunto, hoje peguei uma dessas revistas de celebridades e fiquei folhando. É legal. Gostei. Então quando entrei no carro lembrei que vai começar o Big Brother e em breve teremos novas celebridades para celebrar. Quase que instantaneamente. Novas capas de playboy (uhuuu), novos assuntos nos canais de TV. Falando nisso, esse ano é de eleição e Olimpíadas, olha quanta coisa.

Eu me considero um seguidor de Raul Seixas. Por tal motivo também TATUEI no meu peito a chave ( sabe a chave?).
Veja como ele já abordava o assunto nos anos 80.
Quase nada mudou.

Os New Waves são os Emos de hoje em dia.
Os Bigstars, podem ser os Big Brothers.
A revista de Rock e de intriga que você lê quando tem dor de barriga é a velha e "polêmica" Bizz.

Raul O profeta do Sempre.
Sou seu fiel seguidor.

Segue a letra.

Escutem o som é junto com o Marcelo Nova.

Muita Estrela, Pouca Constelação
Raul Seixas

A festa é boa tem alguém que tá bancando
Que lhe elogia enquanto vai se embriagando
E o tal do ego vai ficar lá nas alturas
Usar brinquinho pra romper as estruturas


E tem um punk se queixando sem parar
E um new wave querendo desmunhecar
E o tal do heavy arrotando distorção
E uma dark em profunda depressão


Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação


E tinha um junkie se tremendo pelos cantos
Um empresário que jurava que era santo
Uma tiete que queria um qualquer
E um sapatão que azarava minha mulher


Tem uma banda que eles já vão contratar
Que não cria nada mas é boa em copiar
A crítica gostou vai ser sucesso ela não erra
Afinal lembra o que se faz na inglaterra

Eu sei até que parece sério, mas é tudo armação
O problema é: muita estrela, prá pouca constelação


E agora vem a periferia
O fotógrafo, ele vai documentar
O papo do mais novo big star
Pra'quela revista de rock e de intriga
Que você lê quando tem dor de barriga


E o jornalista ele quer bajulação
Pois new old é a nova sensação
A burrice é tanta, tá tudo tão a vista
E todo mundo posando de artista

..........................

Que susto.
Tico Sta Cruz

Ps: Fora publicado um artigo escrito por mim no Globo.
http://oglobo.globo.com/opiniao/

Com relação aos 17 milhões oferecidos pelo Governador Sérgio Cabral e o Presidente Lula para as escolas de SAMBA.
Quem tiver curiosidade, dá uma clicada no Link.

terça-feira, janeiro 01, 2008

Descobri como resolver o problema da VIOLÊNCIA

LEIA COM ATENÇÃO, VOCÊ PODE SER UM LéLEMTO ÚTIL PARA SEU PAÍS.

Mas antes de tudo um aviso:
Se você não sabe interpretar textos, se você acha que tudo é o que parece ser, se você precisa de auxílio para entender determinadas mensagens, CUIDADO, este post pode te confundir.
O resultado está nos comentários.


Vendo as estatísticas alarmantes da violência crescendo, sem poupar o tempo, a data, se é Natal, Reveillon, dia primeiro de janeiro, dia de Santo, feriado, domingo, dia comum, enfim, observando a derrota do Estado, a falência da política pública de segurança.
Acompanhando os diversos casos de Vereadores, deputados, Senadores, e autoridades de todos os tipos e tamanhos, poderes e influências envolvidos com milícias e organizações criminosas. Convivendo com a hipocrisia dos cidadãos que julgam e condenam nos outros atos que praticam no cotidiano. Apavorado com inércia da classe artística, com a omissão dos movimentos estudantis, com a conivência de intelectuais e pensadores, com a ignorância de um povo que em sua grande maioria se entregou a pseudo-democracia-caótica como se tudo o que estivéssemos presenciando fosse normal, natural e aceitável para encerrar o primeiro parágrafo coroando o BRILHANTE argumento defendido pelos que celebram o Capitão Nascimento como herói do ano de 2007, venho lhes propor uma saída coerente com vossos pensamentos e desejos em 2008.
Se seguirmos a lógica de que a violência é sustentada pelos usuários de drogas, precisamos fazer com que o capital não chegue até a mão desses indivíduos. Então sugiro a SOCIEDADE adote as seguintes medidas sócio-econômicas de prevenção para acabar de uma vez por todas com este assunto desagradável e recorrente.
Vamos a elas:

1- Não compre livros de autores que consomem ou consumiram drogas enquanto estavam vivos. Suas idéias, assuntos e histórias provavelmente foram influenciadas por esta mazela tão perigosa para a sociedade.
2- Não compre disco ou qualquer música que tenha sido criada por artistas que consumiram drogas enquanto estavam vivos ou aqueles que ainda fazem uso atualmente. Se desconfias que seu artista preferido seja um desses “mal elementos que sustentam o crime” não vá ao seu show e não consuma seus produtos.
3- Se seu médico for um usuário de qualquer uma destas substâncias. Troque de médico.
4- Se seu advogado num papo informal sugerir que fuma um baseado no fim de semana para relaxar. Troque de Advogado.
5- Se algum dos atores ou atrizes que participam das novelas, filmes e peças de teatro for um consumidor de entorpecentes ilegais, assim como os diretores e ou produtores associados, desligue sua Tv, não vá ao teatro e nem ao cinema.

6- Se você vir o filho do dono de algum estabelecimento onde fazes compras, usando essas “coisas malditas” escolha outro lugar onde os donos ou seus filhos sejam caretas, pois assim ele fica pobre e não dá dinheiro para seu rebento se drogar.
7- Procure informações sobre os jornalistas que escrevem diariamente no seu periódico preferido, assim como os editores das revistas que lhe abastecem de informações, caso exista algum desses indivíduos compactuando com o crime, não compre mais jornais e revistas, assim eles vão à falência e não terão dinheiro para comprar pó ou maconha.
8- Procure informações sobre as celebridades que anda cultuando, caso alguma delas seja conivente com este comércio ilegal, não dê mais Ibope para suas aparições, isso serve para apresentadores de programas de todos os canais de televisão.
9- Antes de comprar um imóvel tente descobrir se os engenheiros, arquitetos e funcionários que trabalharam na obra fizeram ou fazem uso de princípios ativos proibidos. Caso encontre alguma informação conclusiva, não compre ou alugue o apartamento/casa.
10- Observe o comportamento de seus empregados, caso desconfie procure descobrir se estão usando drogas, se a resposta for positiva demita-os.
11- Se o político que pede seu voto não apresentar um exame toxicológico completo nas próximas eleições não vote nele.
12- Tente descobrir se algum professor da escola do seu filho fuma maconha. No caso da descoberta retire ele da instituição, o mesmo serve para as faculdades, escolinhas de futebol, natação, judô, academias e etc.
13- Se algum jogador de futebol do seu time preferido for um consumidor de drogas, troque de time.
14- Se por acaso algum motorista, piloto, aeromoça, funcionários em geral da rede de transportes aéreo ou rodoviário for usuário de drogas, procure outro meio de viajar.

15- Caso o leitor seja um usuário de drogas, cuidado, eles vão te falir.

Resumindo, se o dinheiro não chegar à mão dessas pessoas elas não terão como comprar as drogas e consequentemente o tráfico será enfraquecido e consequentemente não conseguirão sustentar a corrupção que existe dentro do judiciário, legislativo e executivo, assim como entre as polícias e demais autoridades competentes, fazendo com que as armas não ultrapassem nossas fronteiras, portos e aeroportos e dessa maneira finalmente resolverão de uma vez por todas o mal que tanto vociferam.

O que e quantos sobrarão para lhes oferecer os serviços básicos, de entretenimento e tantos outros que precisamos se for seguida à lógica pregada por vocês?

Tendo em vista que nos últimos 60 anos a repressão ao tráfico e ao consumo não diminuiu absolutamente nenhum ponto percentual (ao contrário, só cresceu) não é difícil perceber que existe uma demanda e para tal um mercado consumidor ávido, fiel e lucrativo. Onde estão infiltradas estas pessoas?
Descubra e boicote.

Você estará prestando um belíssimo serviço para a sociedade e quem sabe um dia não entre para a TROPA DE ELITE?

E tem gente que ainda acredita que é agindo como estão agindo que o problema vai ser resolvido.

VIVA A REPRESSÃO QUE MATA E IGNORA OS INOCENTES PARA AGRADAR POLÍTICOS, CLASSE MÉDIA E RIQUINHOS.


Como diz o samba:
(Candeia)

“Deixe-me, preciso andar, vou por ai a procurar, RIR PRA NÃO CHORAR”

Tico Sta Cruz

Receita de ano novo

Receita de ano novo
(Carlos Drummond de Andrade)

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?passa telegramas?)

Não precisafazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade,
recompensa,justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,você, meu caro,
tem de merecê-lo,tem de fazê-lo novo,
eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.

É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Valeu Júnior pela colaboração do poema.
Achei tão lindo que resolvi publicar.
Drummond fala de forma poética o que tentei dizer de forma direta.
Mas Drummond é Drummond e começar o ano com um Post dele é prenuncio
de um ano bom.

abs
Tico Sta Cruz