Qual é o seu nome?
Tenho certo receio de indicar filmes aqui no Blog.
O Tropa de Elite que assisti e acreditei ser uma dessas histórias que levam as pessoas a reflexões e debates acabou sendo um gol contra os assuntos sérios a serem tratados de forma pragmática. A maioria dos espectadores acabou adotando o discurso do Capitão Nascimento que veio a se tornar um herói nacional tornando sua máxima um retrocesso nas discussões com relação as políticas de conscientização e descriminalização da Maconha (da qual sou totalmente a favor do debate). Peço por gentileza aos amantes da literatura que não tenham preguiça de ler o ELITE DA TROPA que é um livro extremamente esclarecedor e longe dessas demagogias para agradar a sociedade hipócrita e esquizofrênica.
Hoje acompanhei a saga “Meu nome não é Jhonny” de Guilherme Fiuzza que conta a historia de João Guilherme Estrela, um rapaz de classe média alta que tornou-se traficante de drogas nos anos 80. Antes de tudo insisto para que os iniciados peguem o livro que sempre é mais completo e profundo do que o que passa na tela dos cinemas, este em especial, uma leitura absolutamente deliciosa.
Fiuzza conduz com maestria o filme que tem o especial e divertido Selton Mello dando um show para variar ( assistam Árido Movie com ele também). Mostra com clareza como funciona este mundo paralelo fora do sistema óbvio das organizações criminosas. Tendo em vista que João Estrela não passava de nada mais que um desses “amigos” que tem contatos e fornecem drogas sem que seja necessário correr o risco de ir a boca para se abastecer. Fico imaginando quantos não existem por ai hoje em dia fazendo o mesmo serviço e ganhando muito mais dinheiro tendo em vista o conforto e a tranquilidade oferecida pelos “deliverys” que com um toque no telefone deixam a encomenda para o cliente onde quiser.
Embora tenha um quê de lições de moral e panfletagem, deixa límpido como o mar do Caribe por onde circula a cocaína que movimenta milhares de dólares no mundo inteiro. Pra começar que o Brasil não planta coca. É tão somente uma excelente rota para Europa que tem um mercado consumidor em eterno crescimento. Mas dentro do meio artístico, da bolsa de valores, dos presídios, quartéis da polícia, festinhas de playboys e patricinhas, empresários, celebridades, políticos, médicos e tantos outros profissionais liberais respeitados ou não, elas estão sempre presentes e desejadas.
João Guilherme acabou se tornando popular por facilitar o destino da droga nos narizes neuróticos que chegavam a incomodá-lo durante as madrugadas em que não estava em atuando.
Negociações feitas no FÓRUM do Rio de janeiro, assim como em outros locais insuspeitos. Policiais corruptos que extorquem o traficante e depois chegam a oferecer o produto de volta em troca de mais dinheiro.
João Guilherme é um cara de sorte. Nas páginas do livro percebe-se que tem realmente uma GRANDE ESTRELA. Bom de papo, inteligente, sagaz, safo, divertido, conseguia se virar bem nos percalços e tinha as saídas certas nas horas certas.
Fiquei feliz em ver a realidade sendo exibida quando uma senhora distinta dentro de seu apartamento de classe média, abre um cofre para oferecer-lhe algumas boas gramas do pó para sustentar a crescente demanda dos clientes de JG. Percebendo que o rapaz estava prosperando lhe indica um contato ainda mais discreto, estando basicamente tudo circulando entre casarões e pessoas que não tem qualquer perfil ou estereotipo do bandido tradicional que aparece nos noticiários. Tanto é que as senhoras que assistiam o filme do meu lado comentaram “nossa, mas essa senhora vende cocaína, ela me parece tão boazinha” comentário esse que só me fez concluir o quanto as pessoas “comuns” vivem no mundo de ALICE no país das maravilhas. Se não posso dizer que seja ingenuidade, posso sugerir total alienação com que se refere a realidade desse mercado tão combatido e tão próspero. O maniqueísmo padrão alimenta muitos e muitos cérebros de pessoas que julgam ter a verdade e o conhecimento do assunto lendo e vendo o jornal nacional e adjacentes.
O Filme ajuda a mostrar que o buraco é muito mais em cima, nas coberturas, nos condomínios, nas casas de bairros ricos, circulando onde viaturas e BOPES não têm permissão para invadir chutando portas e dando tapa na cara de moradores. Quem daria autorização a esses homens de invadir um condomínio de luxo na Barra da tijuca para uma busca e apreensão na casa de filhos de desembargadores, juízes, delegados, gente rica ou influente em geral?
Não vou contar o filme todo. Espero que assistam e prestigiem mais essa beleza produzida no Brazzzzzil.
Acontece que a crítica e a imprensa cismam em tratar o assunto como se fosse só um problema de jovens de classe média que começaram fumando maconha e depois se tornaram traficantes perigosos. O filme mostra muito mais que isso. Mostra que a raiz do problema se alastra por todos os lugares inimagináveis para aqueles que realmente acreditam que é na favela, com os pobres, pretos e soldadinhos que aparecem descendo o morro debaixo de tiro, que o negócio se consolida.
Aquilo ali é a guerra que vende jornal e que dá Ibope. Existe um paraíso inteirinho a disposição de quem não quer se arriscar com gente “honesta” e de “bem” que faz um papel diante da sociedade e outro por trás.
Por isso insisti tanto em pedir aos nossos parlamentares e representantes QUE FIZESSEM O TAL EXAME TOXICOLÓGICO e por isso também que fui praticamente IGNORADO pela imprensa e pelos próprios deputados pois a verdade é que a grande maioria tem telhado de vidro.
Minha luta para desmistificar o assunto e quebrar o tabu para que o debate seja feito por especialistas e gente disponível a tratá-lo de forma séria e inteligente está só começando.
Admiro o Marcelo D2 que é um dos poucos artistas que colocou a cara para bater.
Insisto na classe da qual faço parte, pois é a que conheço, assim como nunca fui santo, tem muita gente que poderia colaborar se não fosse tão covarde.
Mas temos uma imagem a zelar e investimentos que não podem ser prejudicados por um baseadinho consumido nas sombras ou um pozinho cheirado nos intervalos...
Foda-se a criança morrendo na favela no meio dessa guerra infeliz.
Voltando...
No natal recebi de uma lista dessas de e-mails que passam correntes com palavras bonitas um monte de baboseiras a respeito do espírito natalino. Observei que na lista continha vários nomes de gente importante, artistas famosos, produtores, diretores, enfim... Talvez por falta de educação não retribui os votos e sim um texto falando sobre a necessidade de que apareçam outras pessoas com influência sobre a opinião pública para que possamos unir forças e levar assuntos políticos e sociais importantes ao foco do grande público que lhes cercam. Sabe quantos me responderam?????????????????
Deixa isso pra lá, o mesmo aconteceu com outras listas que recebi e encaminhei textos pedindo ajuda.
A verdade é que ninguém quer se comprometer e na hora de dar declarações públicas prevalece o muro largo que sustenta os dois pés de quem tem o holofote na mira.
Sei que fico sendo o chato, o inconveniente, para alguns o que quer aparecer e etc, mas é triste ver o quanto é difícil conseguir aliados nessa luta complexa e recheada de hipocrisia, ignorância e demagogia.
Toda vez que assisto filmes ou leio livros que tratam desse assunto uma cachoeira de pensamentos tomam conta de mim e acabo precisando desabafar.
Somos um bando de covardes.
João Guilherme Estrela, foi um cara de sorte e teve competência para se desvencilhar dos problemas com os quais se envolveu. Contou com a empatia de uma juíza e o mapa de seu advogado que lhe livrou de um bom confinamento num desses infernos que são as penitenciárias de nosso país. Mas é importante lembrar que o fato de ser um jovem, branco, de classe média, sem antecedentes criminais, boa aparência e outros valores que num julgamento como a própria juíza disse no filme: “Direito não é matemática”, fez com que seu destino fosse diferente de muitos outros que são presos em situações parecidas e não tem a mesma ESTRELA.
Em minhas idas e vindas com a Caravana Liberdade e expressão pelos presídios da cidade maravilhosa, pude perceber que a população carcerária é em sua grande maioria, pobre ou miserável, negra ou parda, analfabeta e excluída socialmente em seu histórico de vida. Muitos deles presos por tráfico de drogas, alguns com bem menos do que 6 quilos de pó e como não tem um advogado bom e nem dinheiro para fazer brilhar os olhos da justiça com certeza passarão muito mais do que dois anos e meio na cadeia. A justiça deve ser igual para todos, mas sabemos que não é.
Criminoso é criminoso e tem que pagar pelo crime cometido, não estou aqui para aliviar ninguém, todavia, sabemos que a justiça não juga o fato e sim a pessoa.
Guilherme foi corajoso ao expor sua história e o filme é um brinde a reflexões.
Mas se não assistiu ainda, vá com seu senso crítico aberto a várias interpretações e preste atenção nos murmúrios quando a realidade se choca com a cegueira da grande maioria confusa.
Bato na mesma tecla e afirmo com todas as letras.
Temos uma classe artística no Brasil omissa e covarde com relação a estes assuntos.
Enquanto isso trabalhadores e crianças sofrem as conseqüência de nossa HIPOCRISIA e os presídios e carceragens vão se entupindo de Joãos, Antônios e tantos outros que não tiveram a mesma colaboração do divino, se quiser entender assim.
Assista, o filme é maravilhoso.
Tico Sta Cruz
Ps: Poucos comentários no Post anterior, redundância?
O Tropa de Elite que assisti e acreditei ser uma dessas histórias que levam as pessoas a reflexões e debates acabou sendo um gol contra os assuntos sérios a serem tratados de forma pragmática. A maioria dos espectadores acabou adotando o discurso do Capitão Nascimento que veio a se tornar um herói nacional tornando sua máxima um retrocesso nas discussões com relação as políticas de conscientização e descriminalização da Maconha (da qual sou totalmente a favor do debate). Peço por gentileza aos amantes da literatura que não tenham preguiça de ler o ELITE DA TROPA que é um livro extremamente esclarecedor e longe dessas demagogias para agradar a sociedade hipócrita e esquizofrênica.
Hoje acompanhei a saga “Meu nome não é Jhonny” de Guilherme Fiuzza que conta a historia de João Guilherme Estrela, um rapaz de classe média alta que tornou-se traficante de drogas nos anos 80. Antes de tudo insisto para que os iniciados peguem o livro que sempre é mais completo e profundo do que o que passa na tela dos cinemas, este em especial, uma leitura absolutamente deliciosa.
Fiuzza conduz com maestria o filme que tem o especial e divertido Selton Mello dando um show para variar ( assistam Árido Movie com ele também). Mostra com clareza como funciona este mundo paralelo fora do sistema óbvio das organizações criminosas. Tendo em vista que João Estrela não passava de nada mais que um desses “amigos” que tem contatos e fornecem drogas sem que seja necessário correr o risco de ir a boca para se abastecer. Fico imaginando quantos não existem por ai hoje em dia fazendo o mesmo serviço e ganhando muito mais dinheiro tendo em vista o conforto e a tranquilidade oferecida pelos “deliverys” que com um toque no telefone deixam a encomenda para o cliente onde quiser.
Embora tenha um quê de lições de moral e panfletagem, deixa límpido como o mar do Caribe por onde circula a cocaína que movimenta milhares de dólares no mundo inteiro. Pra começar que o Brasil não planta coca. É tão somente uma excelente rota para Europa que tem um mercado consumidor em eterno crescimento. Mas dentro do meio artístico, da bolsa de valores, dos presídios, quartéis da polícia, festinhas de playboys e patricinhas, empresários, celebridades, políticos, médicos e tantos outros profissionais liberais respeitados ou não, elas estão sempre presentes e desejadas.
João Guilherme acabou se tornando popular por facilitar o destino da droga nos narizes neuróticos que chegavam a incomodá-lo durante as madrugadas em que não estava em atuando.
Negociações feitas no FÓRUM do Rio de janeiro, assim como em outros locais insuspeitos. Policiais corruptos que extorquem o traficante e depois chegam a oferecer o produto de volta em troca de mais dinheiro.
João Guilherme é um cara de sorte. Nas páginas do livro percebe-se que tem realmente uma GRANDE ESTRELA. Bom de papo, inteligente, sagaz, safo, divertido, conseguia se virar bem nos percalços e tinha as saídas certas nas horas certas.
Fiquei feliz em ver a realidade sendo exibida quando uma senhora distinta dentro de seu apartamento de classe média, abre um cofre para oferecer-lhe algumas boas gramas do pó para sustentar a crescente demanda dos clientes de JG. Percebendo que o rapaz estava prosperando lhe indica um contato ainda mais discreto, estando basicamente tudo circulando entre casarões e pessoas que não tem qualquer perfil ou estereotipo do bandido tradicional que aparece nos noticiários. Tanto é que as senhoras que assistiam o filme do meu lado comentaram “nossa, mas essa senhora vende cocaína, ela me parece tão boazinha” comentário esse que só me fez concluir o quanto as pessoas “comuns” vivem no mundo de ALICE no país das maravilhas. Se não posso dizer que seja ingenuidade, posso sugerir total alienação com que se refere a realidade desse mercado tão combatido e tão próspero. O maniqueísmo padrão alimenta muitos e muitos cérebros de pessoas que julgam ter a verdade e o conhecimento do assunto lendo e vendo o jornal nacional e adjacentes.
O Filme ajuda a mostrar que o buraco é muito mais em cima, nas coberturas, nos condomínios, nas casas de bairros ricos, circulando onde viaturas e BOPES não têm permissão para invadir chutando portas e dando tapa na cara de moradores. Quem daria autorização a esses homens de invadir um condomínio de luxo na Barra da tijuca para uma busca e apreensão na casa de filhos de desembargadores, juízes, delegados, gente rica ou influente em geral?
Não vou contar o filme todo. Espero que assistam e prestigiem mais essa beleza produzida no Brazzzzzil.
Acontece que a crítica e a imprensa cismam em tratar o assunto como se fosse só um problema de jovens de classe média que começaram fumando maconha e depois se tornaram traficantes perigosos. O filme mostra muito mais que isso. Mostra que a raiz do problema se alastra por todos os lugares inimagináveis para aqueles que realmente acreditam que é na favela, com os pobres, pretos e soldadinhos que aparecem descendo o morro debaixo de tiro, que o negócio se consolida.
Aquilo ali é a guerra que vende jornal e que dá Ibope. Existe um paraíso inteirinho a disposição de quem não quer se arriscar com gente “honesta” e de “bem” que faz um papel diante da sociedade e outro por trás.
Por isso insisti tanto em pedir aos nossos parlamentares e representantes QUE FIZESSEM O TAL EXAME TOXICOLÓGICO e por isso também que fui praticamente IGNORADO pela imprensa e pelos próprios deputados pois a verdade é que a grande maioria tem telhado de vidro.
Minha luta para desmistificar o assunto e quebrar o tabu para que o debate seja feito por especialistas e gente disponível a tratá-lo de forma séria e inteligente está só começando.
Admiro o Marcelo D2 que é um dos poucos artistas que colocou a cara para bater.
Insisto na classe da qual faço parte, pois é a que conheço, assim como nunca fui santo, tem muita gente que poderia colaborar se não fosse tão covarde.
Mas temos uma imagem a zelar e investimentos que não podem ser prejudicados por um baseadinho consumido nas sombras ou um pozinho cheirado nos intervalos...
Foda-se a criança morrendo na favela no meio dessa guerra infeliz.
Voltando...
No natal recebi de uma lista dessas de e-mails que passam correntes com palavras bonitas um monte de baboseiras a respeito do espírito natalino. Observei que na lista continha vários nomes de gente importante, artistas famosos, produtores, diretores, enfim... Talvez por falta de educação não retribui os votos e sim um texto falando sobre a necessidade de que apareçam outras pessoas com influência sobre a opinião pública para que possamos unir forças e levar assuntos políticos e sociais importantes ao foco do grande público que lhes cercam. Sabe quantos me responderam?????????????????
Deixa isso pra lá, o mesmo aconteceu com outras listas que recebi e encaminhei textos pedindo ajuda.
A verdade é que ninguém quer se comprometer e na hora de dar declarações públicas prevalece o muro largo que sustenta os dois pés de quem tem o holofote na mira.
Sei que fico sendo o chato, o inconveniente, para alguns o que quer aparecer e etc, mas é triste ver o quanto é difícil conseguir aliados nessa luta complexa e recheada de hipocrisia, ignorância e demagogia.
Toda vez que assisto filmes ou leio livros que tratam desse assunto uma cachoeira de pensamentos tomam conta de mim e acabo precisando desabafar.
Somos um bando de covardes.
João Guilherme Estrela, foi um cara de sorte e teve competência para se desvencilhar dos problemas com os quais se envolveu. Contou com a empatia de uma juíza e o mapa de seu advogado que lhe livrou de um bom confinamento num desses infernos que são as penitenciárias de nosso país. Mas é importante lembrar que o fato de ser um jovem, branco, de classe média, sem antecedentes criminais, boa aparência e outros valores que num julgamento como a própria juíza disse no filme: “Direito não é matemática”, fez com que seu destino fosse diferente de muitos outros que são presos em situações parecidas e não tem a mesma ESTRELA.
Em minhas idas e vindas com a Caravana Liberdade e expressão pelos presídios da cidade maravilhosa, pude perceber que a população carcerária é em sua grande maioria, pobre ou miserável, negra ou parda, analfabeta e excluída socialmente em seu histórico de vida. Muitos deles presos por tráfico de drogas, alguns com bem menos do que 6 quilos de pó e como não tem um advogado bom e nem dinheiro para fazer brilhar os olhos da justiça com certeza passarão muito mais do que dois anos e meio na cadeia. A justiça deve ser igual para todos, mas sabemos que não é.
Criminoso é criminoso e tem que pagar pelo crime cometido, não estou aqui para aliviar ninguém, todavia, sabemos que a justiça não juga o fato e sim a pessoa.
Guilherme foi corajoso ao expor sua história e o filme é um brinde a reflexões.
Mas se não assistiu ainda, vá com seu senso crítico aberto a várias interpretações e preste atenção nos murmúrios quando a realidade se choca com a cegueira da grande maioria confusa.
Bato na mesma tecla e afirmo com todas as letras.
Temos uma classe artística no Brasil omissa e covarde com relação a estes assuntos.
Enquanto isso trabalhadores e crianças sofrem as conseqüência de nossa HIPOCRISIA e os presídios e carceragens vão se entupindo de Joãos, Antônios e tantos outros que não tiveram a mesma colaboração do divino, se quiser entender assim.
Assista, o filme é maravilhoso.
Tico Sta Cruz
Ps: Poucos comentários no Post anterior, redundância?
33 Comments:
Fala Tico!
Ainda não assisti o filme. Mas já estava programado para este fim de semana e assim farei. Também estou procurando ler os livros que dão origem aos filmes pelo fato de serem mais completos. Assim foi com "Elite da tropa" e até mesmo com o romance "Caçador de Pipas" que chega agora às telas.
Agora estou relendo a História do Brasil.
Mas falando sobre o Post, chego à uma conclusão de que realmente estamos presos num "replay" sem fim.
Enquanto reinar a hipocrisia e o individualismo padrão, nada mudará. E as pessoas que ainda pensam que estão imunes à situação caótica que vivemos, videm os recentes casos: atores globais sofrendo assaltos, apresentadores perdendo seus reloginhos, músicos do samba com uma pistola na cara sendo enquadrado e muuuuuuitos outros casos que TAMBÉM afetam as classes mais favorecidas, bem como a artística.
Por isso insisto em dizer que estamos todos no mesmo barco... Alguns na primeira classe, outros no porão. Mas com o barco afundando TODOS morrem e não tem bote salva-vidas não meu amigo... (Se lembrem do Titanic - "aqui seu dinheiro não vale nada" - quando o espertão queria oferecer dinheiro por uma vaga no bote salva-vidas)
Minha admiração por sua pessoa, foi crescente na medida que vi sua disposição para colocar a cara pra bater e não ficar somente gravando propaganda na TV e chamadinhas no rádio pedindo "PAZ"!? como outros artistas fazem por aí.
Você enxergou além da hipocrisia e sentiu na pele a dor da perda de um irmão, como todos nós também perdemos um ídolo, amigo e ser humano do bem.
Todos nós erramos Tico, somos passivos de erros. Já assumi também meus erros quando entrei nessa luta. Já usei drogas, já fiz muita merdinha de "aborrecente" que não tem nada na cabeça, mas nem por isso deixei de parar, pensar e rever minhas atitudes, me colocando no lugar de meu próximo menos favorecido, que talvez não tenha tido as mesmas oportunidades que tive.
Entrei nessa luta e não saio por nada.
Temos de assumir nossas verdadeiras personalidades, responder por nossas atitudes e acompanhar a evolução da sociedade, no sentido de que não podemos mais tratar certas questões com uma legislação arcáica e muito menos com argumentos já pré-estabelecidos contaminados de hipocrisia e tantos "egos" - egoísmo, egocentrismo,etc.
A evolução só aconteceu no celular, que agora todo mundo tem?
Na internet, onde a pessoa te conhece e a primeira pergunta que te faz é: você tem Orkut!?
E em NOSSOS PENSAMENTOS E EM NOSSAS VIDAS????????????????????????
ONDE ESTÁ A "EVOLUÇÃO"??????????????????
A verdade é que nós estamos sendo manipulados por uma série de interesses pessoais daqueles que detém o poder e não querem se sentir ameaçados, cultuando então, uma ALIENAÇÃO EM MASSA.
Um povo sem cultura, sem senso crítico, não vai a lugar algum.
Só iremos ao Sambódromo e ao Maracanã tomar nossa dose diária, distribuida "gratuitamente" por nosso governo, dos "PLACEBOS DA ALEGRIA".
Seguimos juntos!
Abraços irmão.
JUNIOR
Temos uma classe artística no Brasil omissa e covarde com relação a estes assuntos.
A grande maioria dos artistas não vê ou figem que não vê o grande caos que é a política brasileira. Se esta tudo fluindo bom pro lados deles, para que deixar o conforto de suas casas para lutar por seus direitos e dos outros?
Aí que percebemos que pessoas como o Tico, que têm tudo para ser mais um deles, e que felizmente não é, esta sempre aí, lutando protestando por todos os que se omitem ou que não tem coragem de tirar suas bundas da poltrona.
Abração guerreiro!
Continuamos na luta...
Ainda não assisti, mas acredito que nele seja retratado uma realidade bem "presente" em nosso dia-a-dia.
Ainda existe sim esse lance do pequeno comentário " nossa mas essa pessoas faz tal coisa??? Ela parece ser tão boazinha....não tem cara de que faz isso".
As pessoas na realidade continuam de olhos fechados para o que realmente anda acontecendo...talvez o filme ajude a abrir um pouco os olhos de algumas delas.
E quanto a classe artística...eles tem muito medo de serem "rotulados" e como consequência de algo acabarem perdendo convites de trabalho e talz por conta de alguma atitude sensata que venham cometer.
Bêjo0s,
Rê!
Te amo MEU SANTO FORTE!
Oiiii Tiii...
então
percebo que na area do artista só os roqueiros q tem coragem sim de falar pra quem quiser ouvir sobre esses assuntos
e normalmente são rotulados de malucos ,vabagundos,esquisitos,aparecidos e etc que vc mesmo deve vivenciar
as vezes pode ser até mesmo por isso que eles tem menos espaço na midia
por falar o que pensa e ñ ficar de nhenhenhem
2 indicações que vou dar um jeito de ficar por dentro
pode deixar
=D
bjo**
A algum tempo eu venho lendo o seu blog. Ele me faz pensar sobre coisas que nem sempre as pessoas estão afim de discutir comigo. A única pessoa que fazia isso não está por perto. E como sinto falta, vou acompanhando seus posts.
Eu gostaria de ajudar a melhorar o estado em que nos encontramos (a sociedade em geral). Mas por tamanha ignorância a minha, não sei o que fazer. Já fui 'criticada' por uma professora que me disse que eu poderia, mas não faço nada. Só vejo as coisas acontecerem ao meu redor. De fato, não sei se posso fazer alguma coisa. Tenho quase quatorze anos. APENAS.
Enfim, eu precisava escrever isso.
obrigada pelos posts ;)
Andressa.
Pois é, a classe artística é omissa e covarde. A classe não artística tmb é omissa e covarde, e hipócrita. NÓS somos covardes. Alguns ainda tentam debater esses assuntos e nas pequenas atitudes iniciar alguma mudança. Mas a GRANDE MAIORIA da nossa sociedade não liga nem um pouco pra isso. O pior é que até mesmo os jovens estão numa alienação gigante. E ainda acham que estão certos. Mas que se dane quem pense assim. Não posso forçar ninguém a pensar em nada. Mas que é revoltante é. Na hora que alguma coisa acontecer com esses imbecis, quem sabe eles tomam uma atitude.
Ah, pq será que tem poucos comentários?!?!?
Deve ser pq não tem foto, não tem vídeo engraçado, não tem coisas 'legais'. Vai ver é pq estão cagando pra nossa realidade!
Ps: Estou querendo mesmo assistir esse filme.
Abraços!
Concordo inteiramente com seu texto, principalmente quando afirma que temos uma classe artistica omissa e covarde. Enquanto crianças morrem de fome e ainjustiça predomina em todos os cantos do país, pessoas sustentam a sua curiosidade assistindo a reality shows, e vivem alienadas em meio a miseria e o conformismo.
É revoltante!
Se a maioria dos que estão expostos na mídia usassem seu poder de influencia para conscientizar as pessoas de seus direitos e colaborassem para desmascarar os colarinhos brancos já seria um otimo passo para acabar com a violencia.
Mas, por mais difícil que seja Tico continue lutando, pois sua iniciativa tem sido muito importante, façamos nossa parte.
bjoo
Meu nome é Elaine de Cássia...
não quis meu comentário?
fiquei triste.
A sociedade em si, é omissa e covarde. Sempre preferindo opitar pelo lado mais fácil e simples, que seria aceitar tudo calado e de braços cruzados. A classe artística por sua vez, torna-se mais responsável, ou não, devido a sua influência perante a sociedade. Imaginemos, se algum dos integrantes do BBB abordasse assuntos polêmicos, do grau que discutimos aqui, e promovesse debates inteligentes dentro daquela casa...Será que ele seria o primeiro eliminado? Ou conseguiria fazer com que os milhões de telespectadores daquela porcaria acoradassem para a nossa realidade? Acho difícil... Se ao menos a metade desta classe, usasse de sua influência ara algo que preste, ao modo de conscientizar e despertar nossa sociedade, teríamos um país diferente, utópico não?!
Sobre o filme, desde que ouvi falar, e vi a entrevista com o Selton e o próprio João Estrela, me vi ansiosa pela estréia, e aguardo ansiosamente, até o filme entrar em cartaz aqui no Sul de Santa Catarina, leva um tempo, mas valerá a pena! Com seus comentários e maravilhosas críticas construtivas ao filme, vejo que não me arrependerei, e terei certeza de que as salas estarão lotadas, assim como foi com o Tropa. Será porque o povo brasileiro adora ver violência e drogas na telona? Bom.. só espero que sirva de algo!
Beijo grande querido.
Também assisti o filme ontem e gostei muito.
Atuação brilhante do Selton.
Também ouvi murmúrios durante algumas cenas, mas sem dúvida, a velhinha é a que mais "choca" as pessoas.
Muita gente acha que bandido tem cara de bandido. Aquela estereotipada e preconceituosa, do preto pobre da favela...
É fato que o João foi beneficiado no julgamento e que outros em seu lugar não teriam a mesma "sorte".
O filme nos leva mesmo a muitas reflexões.
Gostei de como eles encerraram, com a frase da juíza que diz que João Estrela é a prova viva de que é possível recuperar as pessoas.
Apesar de saber que algumas pessoas são irrecuperáveis, acredito que a maioria pode sim ser recuperada, se tiverem oportunidades para isso.
Mas infelizmente nossa justiça julga hipocritamente as pessoas e não os fatos(como você mesmo disse) e ainda trata o Direito como uma ciência exata, na grande maioria dos casos...
Beijos, querido! ;)
[p.s. Poste uma foto da careca, que isso aqui bomba de novo...*rs]
Coincidência.(?) eu acabei de comentar sobre esse filme ,que aliás estou querendo assistir desde que vi no programa do Jô a entrevista com o João Guilherme Estrela o Selton.
Desde então,tenho lido muita coisa a seu respeito e ouvido muitas críticas boas ( e más , como sempre ) também.
Irei assistí-lo nesse fim de semana. Depois comento minhas impressões aqui.
beijos Tico*
Ola Tico, aqui é o Carlos Marchi de Sp, beleza?
Assisti ao filme e achei fantastico pela maneira que aborda o tema que é ao mesmo tempo tão cotidiano e tão distante da mente de muitas pessoas.
Sabe o que mais anda me desmotivando é perceber que o Brasil é um pais de batalhadores miseraveis e ignorantes, e que os poucos 5% da população com acesso a informação e educação digna estão cada vez mais alienados e egoistas.
Enquanto a sujeira rola solta nos bastidores politicos, a sociedade continua alienada e hiprocrita, julgando a tudo e a todos pelas aparencias principalmente e por falsos morais....
Os novos burgueses ususarios de drogas apenas usam, nao param para refletir sobre o assunto...o senado nao se envolve, afinal nao é negocio para muitos legalizar ou normalizar o uso de drogas.
Para mim a questão é, drogas sao drogas se vai probibi-las, poriba todas (alcool, cigarro, remedios, maconha, cocaina) ou por que nao normaliza-las? Eu nao uso drogas, nao bebo e nem fumo, nao por moral, mas por minha saude fisica e nao recrimino usuarios de drogas "ilicitas" pois a mim nao afeta. O processo eh muito mais amplo.....o lucro impera por tras das normas e leis. O Brasil sofre mais com a alucinação de maconheiros ou com os acidentes causados pelo excesso de alcool no transito? Com a guerra pelo trafico...quem mais sofre?
Outro dia passava por Brasilia e pensei quando será que alguem vai tomar uma atitude.....e logo na seuencia me deparei com bando de gente vidradas no BBB 8......desisti....rs
Nao eh so a classe de artistas que eh omissa....a sociedade brasileira eh omissa, alienada e pior, egoista....
Sou aruqiteto e sempre se soube que para estudar uma sociedade basta interpretar a arquitetura.....como sao os predios, a cidade? Contrastes,,,,predios luxuosos que olham para o proprio umbigo, que demonstram status,,,,em meio a uma favela....a ruas esburacadas....esse eh o brasil....ou mellhor o povo brasileiro...
a questõa das drogas eh mais um episodio desta tragedia que a nossa sociedade esta construindo....
A natureza eh sabia....algum dia talvez ela bote as coisas nos eixos......ou tire de vez...rs
Com drogas ou nao o que vale eh ser feliz...e nao existe felicidade individual....apenas existe a felicidade se ela for coletiva.....solidaria e plural
Abs
CArlos Marchi
AINDA NÃO VI O FILME APESAR DE JÁ ESTAR PROGRAMADO MAS OS COMENTÁRIOS E A ATUAÇÃO DO SELTON ESTÃO ÓTIMOS (ALIÁS..ÁRIDO MOVIE REALMENTE É MUITO BOM TAMBÉM !).
ESTAVA LENDO SEU POST (AQUI E O DA BANDA) E LEMBRANDO DO " ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA " DO SARAMAGO...
"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."
PODEMOS OLHAR...MAS NÃO QUEREMOS VER NEM REPARAR O QUE SE PASSA BEM DIANTE DOS NOSSOS OLHOS..
NÃO SOMOS SÓ COVARDES..SOMOS CEGOS..OS PIORES..AQUELES QUE NÃO QUEREM ENXERGAR...
CEGOS, CONFUSOS E PERDIDOS COMO ALICE NUM LABIRINTO DE ESPELHOS QUE REFLETEM NOSSA HIPOCRISIA E OMISSÃO DIANTE DOS PROBLEMAS DA SOCIEDADE..DIANTE DE NÓS MESMOS...
" VEMOS " A DROGA QUE ENTRA E SAI DAS FAVELAS MAS NÃO " REPARAMOS " NA MESMA DROGA QUE ENTRA E SAI DOS CONDOMÍNIOS DE LUXO...
" VEMOS " O CARA QUE MORREU NA BOCA DE FUMO ATRÁS DE DROGA MAS NÃO " REPARAMOS " NO INDIVÍDUO DE CLASSE ALTA QUE NÃO PRECISA IR ATÉ A BOCA...POIS COM O TOQUE DE UM TELEFONE..A DROGA VEM ATÉ ELE COMO COMIDA CHINESA EM CASA...
SÃO DOIS LADOS DA MESMA MOEDA MAS SÓ VEMOS UM LADO...O QUE NOS É IMPUTADO E QUE ACEITAMOS POR SER MAIS CÔMODO POR NÃO VIOLENTAR O MUNDO DE MATRIX EM QUE VIVEMOS...
O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER...
:(
AH..LÓGICO..LEIAM O LIVRO DO SARAMAGO TAMBÉM...
:)
BEIJOS,
DANNY
Desculpe colocar outro assunto... Mas me sinto entre amigos para dividir um pequeno episódio de ontem a noite.
***Tô CANSADA!! Ontem ao invés de ir ver este filme (que vou ver neste final de semana)resolvi ir ao Teatro, aqui em Porto Alegre temos o Porto Verão Alegre que incentiva tudo o que for cultura...
Mas eis que na fila do Teatro começam os FUROS, bem na minha frente. AHHHH respirei fundo, e daí informamos ao "pessoal" onde era o final da fila, o que aconteceu?!?! Estas cinco pessoas a mais na sua frente não farão diferença... mas e as outras 70 atrás de nós?!?!?! Falei com a maior paciência, que precisamos ter respeito, etc... E não adiantou nada, não sairam, disseram que eramos intolerantes e ainda se sentiram ofendidos quando disse que se pessoas como eles chegassem ao poder continuaria tudo igual SÓ CORRUPÇÃO.
AHHHH, até no Teatro, SOCORRO preciso de pessoas civilizadas, honestas!!
O filme me parece muito atrativo, estou a espera aqui na minha cidade para poder assiti ló, e ficar mais uma vez alienado em uma história que conheço muito bem...nem todo favelado e vagabundo, só favelado que consome entorpercentes, só favelado rouba, só favela isso, só favelado aquilo...e blá blá blá...
Estou ao seu lado na luta contra a hipocrisia que nos cerca e o medo de perder prestigio por admitir usar "drogras"!!
Eu tenho uma certa dificuldade em aceitar essas "divisões" sociais no sentido de que são "alienados os que assistem reality shows", ou são "omissos os bem endinheirados". A idéia que me transparece é de que nós, que não queremos ser rotulados, acabamos por nos auto-rotular como os que "não querem ser rotulados" (fez sentido?)
E exatamente essa ausência de personalidade ou essa necessidade de se adaptar ao nicho - nem que seja ao nicho dos "não adaptados" -acaba corrompendo o foco de qualquer questão.
Não acredito que para sermos politizados, conscientes, corajosos, etc, devemos ter de deixar de ser autênticos!
Posso ver o BBB e nos intervalos ler Kafka, posso gostar de axé mas saber que socialismo e comunismo não andam juntos. Posso adorar uma balada eletrônica e nunca na vida ter usado drogas.
Pra se ter consciência e atitude política e social, primeiro é necessário transpor a barreira da "necessidade de igualdade". Até porque são nas desigualdades que se molda um pensamento linear.
Daí penso que quando criticamos os outros a não se assumirem como realmente são estamos de alguma forma nos criticando também. Claro que a proporcionalidade dos meus atos é inferior da de alguém que, de alguma forma, poderia causar influência positiva perante a sociedade. Mas o erro é o mesmo.
Dar a cara ao tapa hoje não é mais visto como um ato de rebeldia, mas sim de autenticidade. E ser autêntico é um bom começo.
Vc despertou a minha curiosidade.
Pra falar a verdade, eu ando meio "fora do ar", não tenho assistido muita TV, então, o que vi sobre esse filme é o que tu comentasse aqui e algumas propagandas em revistas.
Tu falasse que se trata de um jovem da classe média que se torna traficante...
Bem, que isso existe aos montes eu tinha conhecimento, o que eu gostaria muito, é saber o porquê da classe média e rica, se envolver com drogas, seja como usuário ou traficante. Porque quando se fala nesse assunto relacionado a classe pobre, vem junto a idéia de que as pessoas entram nessa vida por falta de oportunidade de emprego, por falta de uma educação familiar e escolar adequada, e assim por diante, e quanto aos que não tem esses problemas, o que os levaria a escolher esse tipo de caminho???
Sempre desejei ler ou assistir algo sobre esse lado da história das drogas, sem ter a pretensão de julgar, nem condenar ninguém, só gostaria é de tentar compreender, então, fico ansiosa para assistir o filme. Será que o autor mostra o "antes", ou só mostra o "depois", quando eles já estão envolvidos com as drogas???
PS.: Os brasileiros sabem fazer filmes sim, só não tem os mesmos recursos financeiros que outros países dispõem, para trabalhar todos aqueles efeitos especiais ou cenários maravilhosos.
Já assisti filmes ótimos num canal da TV a cabo onde só passa cinema brasileiro. Vou começar a anotar o nome dos mais interessantes e divulgar.
AH, quanto ao divino, eu sei que tu sabes que ELE não tem nada a ver com as burradas que nós cometemos.
Abraço apertado...
Eu concordo com vc que a classe artística de nosso país é omissa em relação a política e etc.
Mas tbm acho q eles não mudariam tanta coisa,na minha opinião todos os cidadãos brasileiros deveriam abrir os olhos e deixarem de ser omissos enquanto há tempo,se é q há tempo!
Mts bjs,abs...
Concordo com a Lê em seu segundo comentário.
Acho que as personalidades são complexas demais para que possamos limitar o quem é o que e o que quem assiste é isso ou aquilo.
Equilíbrio é uma palavra importante, o fato de me dedicar muito a literatura e aos meus estudos não significa que não possa ser também um atleta, surfista o que também não me impede de tocar Rock e gostar de MPM e samba de qualidade e nem de que tenho que me privar de assistir algumas bobagens engraçadas na TV às vezes ou mesmo que em algumas delas EU SEJA A BOBAGEM EM QUESTÃO.
Não vamos nos limitar, vamos ser inteligentes.
A inteligência é a capacidade de se adaptar a situações novas e diferentes e aprender o tempo todo.
Tico Sta CRuz
Assisti ao filme.
Realmente uma excelente obra do cinema brazuca. Adoro obras baseadas em fatos reais.
O filme mostra o outro lado da moeda do "Tropa de elite". Mostra a "Elite" em seus apartamentos e lugares inimagináveis consumindo e fazendo um tráfico de drogas gigantesco sem uma troca de tiros.
Dentre os tantos questionamentos alimentados ao término do filme, um dos que mais me instiga é que mesmo conhecendo as origens do "sistema", suas vertentes, sua falhas, seus pontos fortes, enfim, conhecendo o sistema literalmente, nada é feito no sentido da erradicação do mesmo. Somente medidas paleativas que causam uma falsa sensação de justiça.
Acredito que o ponto chave seja a IMPUNIDADE que por sua vez alimenta a CORRUPÇÃO que acaba comprando a JUSTIÇA.
O Brasil possui milhares de leis que não são cumpridas. Não existe política séria alguma de resocialização dos presos no sistema carcerário. Não existe polícia digna, incorruptível. Não existem magistrados incorruptíveis. Não existem políticos incorruptíveis.
Não existe punição verdadeira para a corrupção. Apenas enganação para uma nação sem ação.
Me desculpe pelo tamanho dos comentarios. É que acabo querendo falar tanto, perguntar e quando vejo já está assim... rs
Um Abraço irmão!
JUNIOR
...
A preguiça acorda de pé esquerdo,
O mau humor nos dá bom dia.
Trabalhamos por obrigação,
Gastamos sem discernimento,
Andamos apressados.
Lemos pouco,
Consumimos filmes enlatados,
Somos teleguiados por celebridades.
Não faço nada, só estudo.
Edificamos prédios,
Construímos muros,
Somos solitários em meio a uma multidão.
Generalizamos, condenamos e discriminamos aquele que não tem rua,
Mas sobrevive em seus becos.
Fumamos nossos pulmões,
Bebemos vítimas nas estradas,
Nosso sono é velado pela tarja preta.
Tudo é legal!
A mãe só não entende porque o filho se tornou um traficante,
Ele sempre teve do bom e do melhor.
Por onde andou o tal amor e o diálogo?
Minhas escolhas são distintas das suas,
Mas eu decido por você o que é bom ou ruim.
Enquanto isso...
Sofremos de entropia,
Marchamos para a evolução cega.
Feliz aniversário!
Você morreu fingindo que estava vivo.
Prazer,
Meu nome é paradoxo.
Gabi
Meu Santo Forte.....Minha Santa Cruz
Eu acho que fui um dos últimos seres vivos do planeta que assistiu Tropa de Elite....depois o livro ficou rolando pela minha casa por uns 3 meses e não conseguia lê-lo...até que quando não tinha mais nada pra ler acabei pegando e terminei em 5 dias...e foi a primeira vez que gostei mais do filme que do livro....aliás...não gostei quase nada de nenhum deles...tive nojo realmente...principalmente da segunda parte do livro que não aparece no filme...realmente lamentável, mas ninguém neste país pensa ou ignora que as polícias são corruptas e escrever um livro pra contar o que todos sabem, sem ao menos sinalizar com algo possível ao menos para minimizar....uma solução...sei la...sem razão para existir tal narrativa!!!
Minhas leituras e meus filmes prediletos são realmente baseados em fatos reais, pois posso aprender com a experiência verdadeira de seres humanos...mas dessa forma em nada me sinto acrescentada...
Não sou ALICE...Não sou alienada e não vivo no mundo de Bob...ao contrário, conheço bem a realidade deste país e batalho para que ele seja melhor ha pelo menos mais de 20 anos!!!....mas....detesto este tipo de filme...
Não vi Carandiru...Cidade de Deus...e nada deste naipe...vi Tropa de Elite por pura pressão social...
O Selton Mello é um dos melhores atores deste país e talvez por ele eu assistirei, mas não no cinema...em DVD talvez...
Acho que filmes e boas histórias são as que, ao menos tragam uma mensagem positiva, e não apenas mostrem a desgraceira toda e nenhuma solução...nenhuma mensagem além de mostrar que somos o pior país do mundo (pelo menos acho que é esta a impressão que se tem quando se vê histórias assim) ...
Que estas histórias acontecem TODO mundo sabe...ou não?? Esta nos noticiários todos os dias...famílias vêm as drogas as destruirem TODOS os dias e sejam ricos ou pobres...veja o caso do rapaz campeão de luta (sei la o nome dele)...vejam os palyboys que batem em mulheres na rua ou queimam mendigos, indios...(acha que a droga não esta ali tb??)
Não somos um país de alienados nem de Alices não...e os alienados e Alices vão achar que o filme é de ficção ou continuarão achando que são casos isolados!!!
Repito, não sou Alice mas sou uma otimista....prefiro crer que haja soluções...que a maioria das pessoas é boa e de boa intenção e que as soluções partem de BOA VONTADE...NADA é imutável...absolutamente NADA...e para provar o que estou dizendo...sua melhor frase desta página é:
"A inteligência é a capacidade de se adaptar a situações novas e diferentes e aprender o tempo todo."....e graças a Deus...vc é uma destas pessoas que cabem perfeitamente nesta frase....
Vamos buscando mais e mais pessoas assim e encontraremos as soluções e mais problemas virão...e Assim Caminha a Humanidade (aliás excelente filme!!!)
Beeeiiijooosss de sua "ina" na veia
O filme é ma-ra-vi-lho-so! =)
E eu fui ver sem saber que era historia de alguém, pra mim era um filme "como outro qualquer". Nas chamadas do JN q eu fui perceber q era historia "real".
A cena da velhinha é uma das melhores, com certeza.
E sobre os comentários interessantes sobre seu texto ao todo, concordo com a maioria aqui. Não quero ficar repetindo.
Falta coragem por parte da classe artística, creio que se 80% se unissem nessa luta, certamente teríamos uma voz publica maior, a repercussão de um protesto seria muito grande. Covardes, o medo toma conta de serem alienados pela mídia. A sociedade está precisando muito de vossos artistas. Mas falta as outras classes sócias também se unirem, é poucas as pessoas que saem nas ruas reivindicando seus diretos, a sociedade espera sentando que nossos governantes mudem esse estado alarmante que está o Brasil. Cada dia que passa, é um cidadão sendo morto por balas perdidas, uma emprega sendo espancada, um trabalhador desempregado, continuando a circular pessoas com uma aparência integra, mas com o rabo preso, passando de boa pinta para um corrupto. Vamos nos unir nessa batalha.
Esse filme deve ser muito interessante, mais uma grande obra brasileira, obrigado pela dica.
Forte abraço.
Olá Tico,
Acho que os poucos comentário no post anterior se deve a tal da carapulça. Deve etr servido em bastante gente!
Fiquei muito interessado em assistir ao filme, e mais interessando ainda em ler os livros.
Pois concordo que os livros levam consigo muitas informação incapazes ou deixadas de lado em filmes.
Um grande abraço,
Erickson Sena
Parabéns, pelo contrato com a nova gravadora.
Espero que seja um Detonautas sem pauta.
"Não nos deixais cair em tentação..."
Peço desculpas antecipadamente por ter postado aqui. Conseqüência da remoção dos comentários do site detonautas.com.br/blog.
abraços.
Sobre a classe artística:
Lembro quando a Soninha (ex-VJ MTV) tinha um programa na TV CULTURA e saiu uma matéria na revista VEJA (se não me engano) sobre ela assumir o uso da maconha!
Ela foi demitida da emissora e muito criticada pela imprensa.
E tenho certeza que quem "atirou as pedras" tinha o teto de vidro!!!!!
Qual artista vai querer correr o risco de perder tudo?
Qual profissional vai querer correr o risco também?
É mais cômodo posar de bom cidadão, sentar no rabo e apontar o dos outros!!! Isso até essa omissão ter consequências e chegar a bater em suas portas.
O PAÍS é covarde e omisso!
Pode-se dizer que é uma característica cultural.
Com excessão, é claro, quando se trata do time do coração.
Mas ainda tenho fé nas pessoas.
Um dia, acredito, o quadro vai reverter: As pessoas irão parar de se indignar apenas em silêncio, a classe artística seguirá os bons exemplos, a população (sem distinção de classe social) irá perceber seu real valor e poder e, enfim, teremos uma política mais razoável!
Utopia?
Se não começar agora, realmente o será!!!
LiLiTh* Eliane
"A verdade é que ninguém quer se comprometer e na hora de dar declarações públicas prevalece o muro largo que sustenta os dois pés de quem tem o holofote na mira.
Sei que fico sendo o chato, o inconveniente, para alguns o que quer aparecer e etc, mas é triste ver o quanto é difícil conseguir aliados nessa luta complexa e recheada de hipocrisia, ignorância e demagogia.
"
a gente tá acostumado DEMAIS a não reagir, a não falar o que pensamos e mais ainda, a mostrar que discordamos dos demais.
aqui no brasil e em vários lugares o mais "normal" é, se discordamos de uma maioria, ficamos quietos. pra não incomodar. pra não causar problemas...rs
eu tb NUNCA fui partidária dessa forma de agir covarde, meu amigo, deus me livre.
sempre fui atrás do que acredito e não atrás do que acreditam.
já passamos (como humanidade) tempo demais seguindo a manada..já chega né?
o resultado do nosso descaso com a vida e com as consequências do que fazemos tá aí no planeta, em cada canto..no ser humano, na natureza, no céu e na terra.
ah mas a gente adora se esquivar né? claro que quando digo 'a gente' é num sentido total, não q nós tb nos esquivemos.
é algo típico do ser humano terrestre, pelo menos de uma parte, causar problemas e sair de fininho..que coisa ridícula..
mudar sempre foi o desafio mas poucos aceitaram.
acho que estamos pagando o preço por essa covardia e esse medo de crescer.
ainda não vi "Meu nome não é Johnny", vou ver.
recomendo sinceramente "Ps:I love you" não é nada de baboseira não, pode confiar.
Guarapari foi lindo!!! Valeu demais!!!!!
Tamo junto!
beijos, menino!!!!
=D
"Não vamos nos limitar, vamos ser inteligentes.
A inteligência é a capacidade de se adaptar a situações novas e diferentes e aprender o tempo todo.
"
não poderia concordar mais!!!
penso cada vez mais assim!!!
é isso aí!
Olá Tico,
assisti ao filme hoje. É realmente um prato cheio pra reflexões.Uma das coisas que me chamou atenção foi o jogo de imagens,que em vários momentos, acabam por dizer por si só.A parte, por exemplo, que mostra a morte do pai de João no mesmo momento em que ele está usando coca numa das festas me fez pensar nos diversos "tipos" de drogas. João usava coca,mas o pai era dependente de sua própria depressão, da bebida e do cigarro, que acabou arrastando-o para o fim.
A primeira fala da mãe de João explicita a dificuldade de assumir que quem sustenta o tráfico é a classe média e alta.
As cenas da prissão vão muito alem das grades. Reflete as prisões que criamos em torno de nós: de nossos atos não pensados, das consequêcias dos mesmos ou até de nossa própria consciência.
Achei interessante um comentário que escutei:"A diferença entre João e bandido é o caráter que ele tem". Não pensamos que, muitas vezes, os bandidos tiveram seu caráter roubado antes de roubar. Claro que isso não justifica tudo e nem todos. O que quero dizer é que as vezes afirmamos esse tipo de coisa porque durmimos com a certeza de que amanhã terá pão fresco em nossa casa, que a compra do supermercado esta feita, que os filhos continuarão a estudar,que temos uma casa que é nossa...o que nos dá possibilidade de sonhar com um celular mais moderno, um carro melhor...é bem mais fácil ser digno quando estamos bem vestidos e bem alimentados (e olha que tem gente que mesmo assim não consegue). Acabamos por esquecer da tal "luta pela sobrevivência". O bandido as vezes não tem opção. Ou é isso ou não come. Pra sobreviver vale tudo!E nós? O que faríamos pra sobreviver?
Faríamos muito. Tanto faríamos que travamos nossa luta por sobrevivência diarimante: lutamos no trabalho, lutamos com nossos preconceitos, lutamos para tentar realizar bem a arte de conviver,lutamos pra manter a esperança, lutamos com nós mesmos.
A verdade é que é tudo uma luta só, mas em campos diferentes. Antes de sermos "bandidos" ou "pessoas de bem", somos guerreiros. E antes disso, humanos!(embora o significado dessa palavra esteja se perdendo.)
Um grande abraço!
muitos comentário bons,
seu post mesmo, demais. Com críticas ótimas. Estou louca para ver o filme.
Parabéns por todas as suas iniciativas.
Beijos meu rei
Ainda não tive o prazer de assistir o filme (que ainda pretendo assistir), mas já li o livro e todos aqueles que não leram o livro aconselho a assistirem o filme. Conta com a participação do Selton Mello e Cleo Pires dois super atores.
E o filme conta a historia de João Guilherme Estrella um garoto da Zona sul do Rio que se transformou em um dos maiores traficantes do país.
Força!!!!!!
Não assiti ao filme, ou melhor aos filmes, pois, como não tive oportunidade de assitir o Tropa de Elite no cinema, estou esperando chegar nas locadoras...
Também não li os livros, mas já estava com muita vontade de ler o "Elite da Tropa", pois ouvi ótimas críticas deles, sobre sua excelente forma de mostrar as coisas.
Sim... os livros são muito mais completos que os filmes e, na minha opinião, MUITO melhores... Prefiro os livros, sabe? Assim a minha mente viaja mais, trabalha mais... E saio no lucro.
Gostei das dicas e pretendo ler os livros assim que acabar alguns que estou lendo...
Infelizmente, é essa a realidade brasileira. As pessoas vão ao cinema e acham os filmes sempre ótimos, mas saem de lá como se tivessem assistido apenas mais um de ficção.
E, falando nisso, ás vezes não sei se a realidade imita a ficção ou a ficção que tenta relatar a realidade... Enfim....
Beijos
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