Um sopro de clausura

Com Deus do meu lado
E o respeito do Diabo
Cavalgo livremente pela imensidão azul.

A noite
O dia
O bem e o mal
O bom e o ruim
O escuro e o claro
Sou vários em mim.

Sou mundano e
espiritualizado
Perdão
Pecado
Calor e frio
Deserto e mar
Coragem e medo.
Não me aponte o dedo...
olhe bem fundo, pra dentro de ti

O que vê no espelho ?

Sou natural do planeta terra
Tenho a natureza que proclama a guerra
Uma alma, um grão
o Sim
o não
A paz
porque é melhor do que estar em conflito.

Não me faz de inimigo
não busco vingança
Quero ser o que eu quiser
Homem
mulher
Adulto
Criança

Não encontrarás perfeição por aqui.
Desconfio dela
entre o asfalto e a favela
o ódio e o amor
entre a ausência de cor
O grito e o silêncio
existe um sopro de liberdade...

Difícil é acordar desse sono profundo que invade o mundo.
Fácil é se entregar ao rebanho cruel que disfarça os incapazes.
Por onde andarão os covardes ???
A sombra do sol
ou a luz da escuridão ?????

Não me arrisco a decifrar o futuro.

Estamos aguardando a salvação

Salvação de que ???
Porque ???

Cercado de Deus por todos os lados
procuro entender a maldade.
A humanidade
A vontade que vejo em todos de arrumar sempre
um novo culpado
e a culpa esta diante de nós.

Poderia me excluir desse crédito
ou já nasci com ele ????

Me olho e me pergunto.


Tico Sta Cruz