Luz, câmera, ação.
Sinto-me superficial, artificial.
Fruto da necessidade de atenção
individual ou não.
Preciso de algo que preencha meu coração
de uma substância que deve ter me faltado
na infância.
Não saberia descrever
mas os humanos chamam de amor.
Talvez essa minha carência por elogios
seja fruto da insegurança a qual fui submetido.
As duras críticas que recebi ao longo de todos estes anos
que se passaram sem que pudesse me encarar como uma
pessoa normal, comum, que erra e acerta, com defeitos e
qualidades. Previsível como estes versos.
Desconfiado é verdade porém intrometido e desafiador.
Desejo participar da história, mas só de ter este desejo
já não sei se pode ser legítimo.
Aos meus ídolos perguntaria se premeditaram algo.
Se realmente não se importavam com a opinião alheia.
Se faziam suas obras somente para si mesmos e se foi por este
motivo que se tornaram
referências para toda uma geração.
Sou pretensioso e gostaria de receber uma resposta sincera.
Talvez na minha ingenuidade, esteja me expondo demais.
Não preciso das críticas ?
Não preciso dos aplausos ?
Não preciso da aprovação ou do reconhecimento ?
Não preciso de opiniões ?
Será que sou auto-suficiente o suficiente para ignorar quem me lê,
quem me ouve ou quem me vê ?
Será que posso seguir sem isso e dar gargalhadas com as galhofas
as quais minhas obras são submetidas ?
Estou confuso!!!!!
Qual é o papel do artista ?
Proporcionar sensações ao público ou simplesmente fazer
de seu corpo instrumento para a expressão divina sem se importar
com mais nada ?
Embora acredite que a originalidade está na origem da experiência
e esta seja individual,a maneira de expulsa-la ao universo pode passar por mil critérios. De meras cópias a genialidade.
Mas não pode ser demonstrada propositalmente, ainda que realmente não seja.
Que diferença faz para o gênio que a sua obra seja considerada genial
se a genialidade está em não se pensar nisso ?
Me sinto um estúpido, um palhaço.
Porque admito que sua opinião não é fundamental para que continue
vivendo mas me ajuda a buscar caminhos novos ou antigos que me façam refletir a respeito do que me movimenta através do tempo.
Sou vaidoso, gosto de aplausos, me importo com as crítica, detesto quando sou ignorado, quero atenção, preciso mostrar minha capacidade, desejo que os outros gostem, me irrito com a indiferença, adoro elogios e assumo que busco reconhecimento.
Sendo assim, concluo que sou um artista medíocre.
Não sou original, pois tenho consciência de meus desejos íntimos
pela arte e se a arte deva ser realmente só pela arte, minha promiscuidade cínica me coloca diante dos seus olhos e não
sei como reagir, nem sei se devo.
Não tenho idéia de como me classificar, não sei se estarei classificado.
Sinceramente, não esboce a sua opinião ao término
desta leitura. Quero experimentar a sensação que os grandes
artistas devem ter ao concluírem suas obras.
A sensação, de que eu me basto e foi para mim que escrevi
tudo isso. P O N T O.
Mas Então...
Por que estou lhes mostrando?
Tico Sta Cruz
Fruto da necessidade de atenção
individual ou não.
Preciso de algo que preencha meu coração
de uma substância que deve ter me faltado
na infância.
Não saberia descrever
mas os humanos chamam de amor.
Talvez essa minha carência por elogios
seja fruto da insegurança a qual fui submetido.
As duras críticas que recebi ao longo de todos estes anos
que se passaram sem que pudesse me encarar como uma
pessoa normal, comum, que erra e acerta, com defeitos e
qualidades. Previsível como estes versos.
Desconfiado é verdade porém intrometido e desafiador.
Desejo participar da história, mas só de ter este desejo
já não sei se pode ser legítimo.
Aos meus ídolos perguntaria se premeditaram algo.
Se realmente não se importavam com a opinião alheia.
Se faziam suas obras somente para si mesmos e se foi por este
motivo que se tornaram
referências para toda uma geração.
Sou pretensioso e gostaria de receber uma resposta sincera.
Talvez na minha ingenuidade, esteja me expondo demais.
Não preciso das críticas ?
Não preciso dos aplausos ?
Não preciso da aprovação ou do reconhecimento ?
Não preciso de opiniões ?
Será que sou auto-suficiente o suficiente para ignorar quem me lê,
quem me ouve ou quem me vê ?
Será que posso seguir sem isso e dar gargalhadas com as galhofas
as quais minhas obras são submetidas ?
Estou confuso!!!!!
Qual é o papel do artista ?
Proporcionar sensações ao público ou simplesmente fazer
de seu corpo instrumento para a expressão divina sem se importar
com mais nada ?
Embora acredite que a originalidade está na origem da experiência
e esta seja individual,a maneira de expulsa-la ao universo pode passar por mil critérios. De meras cópias a genialidade.
Mas não pode ser demonstrada propositalmente, ainda que realmente não seja.
Que diferença faz para o gênio que a sua obra seja considerada genial
se a genialidade está em não se pensar nisso ?
Me sinto um estúpido, um palhaço.
Porque admito que sua opinião não é fundamental para que continue
vivendo mas me ajuda a buscar caminhos novos ou antigos que me façam refletir a respeito do que me movimenta através do tempo.
Sou vaidoso, gosto de aplausos, me importo com as crítica, detesto quando sou ignorado, quero atenção, preciso mostrar minha capacidade, desejo que os outros gostem, me irrito com a indiferença, adoro elogios e assumo que busco reconhecimento.
Sendo assim, concluo que sou um artista medíocre.
Não sou original, pois tenho consciência de meus desejos íntimos
pela arte e se a arte deva ser realmente só pela arte, minha promiscuidade cínica me coloca diante dos seus olhos e não
sei como reagir, nem sei se devo.
Não tenho idéia de como me classificar, não sei se estarei classificado.
Sinceramente, não esboce a sua opinião ao término
desta leitura. Quero experimentar a sensação que os grandes
artistas devem ter ao concluírem suas obras.
A sensação, de que eu me basto e foi para mim que escrevi
tudo isso. P O N T O.
Mas Então...
Por que estou lhes mostrando?
Tico Sta Cruz
1 Comments:
Oi!!
Comentarei sim, pois estou disposta a dizer o q não possa nada à você transparecer, mas à mim significa a expressão máxima de minha sinceridade, pelo carinho e respeito que tenho à você; e mesmo que nada disso lhe soe bem, tenho o ímpeto de lhe dizer...
Segue-se a seguir versos de um livro: "(...) Por quê há de recear tanto a mudança que irá operar-se na situação? Não é a falta de bem-estar que um coração como o seu não pode sentir falta. Aflige-se com a idéia de estar por muito tempo enterrado na obscuridade? O tempo em si mesmo não é nada; a questão não está no tempo, mas sim no senhor. Transforme-se em Sol, e toda a gente o verá. O Sol deve ser antes de tudo, Sol. (...)"
(Crime e Castigo - Dostoiévsky)
O que sinto pode ser ilusão, fruto de minha fértil imaginação, mas é meu. É a minha vontade, tão egocêntrica quanto a de todos os outros. Mas é tudo um ponto de vista.
Eu digo e repito: quem lhe quer, lhe preseva, não almeja uma figura que quer e imagina de você...mas antes de tudo há o seu próprio bem-querer, o seu preservar... está apenas, em você...
Perdoe-me minha insistência, ou não.
T+.
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