Unhas Negras

Me vendou os olhos.
Pediu para que controlasse meus impulsos e que só ela poderia guiar minhas mãos por seu corpo.
Me sentou num confortável sofá e acendeu um incenso perto de uma
estante em que ficavam seus discos e livros.
Colocou um som eletrônico, não sei exatamente a qual das vertentes pertencia, mas era hipnótico e soava muito bem para a pouca luz que era oferecida por um abajur com uma toalha em cima.
Ainda estava completamente vestido.
Camisa de botão preta meio aberta, uma calça apertada de mulher que gosto de usar e minhas botas.
Ela sussurrou no meu ouvido que minhas unhas pretas lhe davam muito tesão e que no tempo em que estávamos nos olhando na festa, imaginou qual seria a sensação de ter minhas mãos a tocando.
Fiz um movimento brusco com os braços em sua direção mas ela se afastou e disse novamente ,
- Eu quem vou permitir me tocar ou não.
Relaxa.

Relaxei.

Ela então me entregou algo para beber, imaginei que pudesse ser um vinho, mas o cheiro era diferente. Na verdade era bem forte. Bebi um pouco. Sugeriu que virasse tudo de uma só vez. Acatava suas ordens enquanto já sentia a calça me apertando. Me ajeitei no sofá e senti suas mãos passando pelo meu rosto suavemente. Me beijou a boca, passou sua língua por meus lábios, levou suas mãos até meus cabelos e fez alguns carinhos antes de segurar com força e puxa-los para trás. Continuou me beijando, me contou alguns segredos enquanto seus lábios me arrepiavam.
Me controlava muito para manter minhas mãos quietas.
Sentou no meu colo e se movimentou já percebendo como me encontrava. Abriu minha blusa, botão por botão e foi escorregando com as unhas levemente. Senti uma pressão no meu peito, fui com a mão até seu rosto e imediatamente segurou meus braços, passava a boca nos meus piercings, sugando-os com força me gerando uma sensação misturada de dor e prazer.
Pegou uma de minhas mãos e passou em sua face.
Senti a pele macia, sutil. Passou a boca por meus dedos.
Continuou me conduzindo por seu corpo, percebi que ainda estava vestida.

De olhos fechados consegui me lembrar de como aquele vestidinho me excitou a festa inteira. As costas abertas mostravam que não usava absolutamente nada e todas as vezes que se movimentava meus olhos se fixavam nas formas de seus seios. Médios, duros, empinadinhos. O vestido de tecido fino chegava a marcar suas aureolas. Era nítido que todos os homens a desejavam também e ela sabia disso desde o momento em que escolheu seu traje, imagino eu. Não deu para ver suas coxas, era um pouco longo, mas nos seus pés percebi uma pequena jóia e de costas eu conseguia notar o tamanho da roupa íntima que usava. Bem pequena.
Ela dançava de um jeito diferente das outras, não era espalhafatosa, ao contrário seus movimentos sugeriam até uma certa discrição, mas eram precisos e ritmados.
Dizem por ai que quem não sabe dançar é uma tragédia fazendo sexo.
Ela dançava seduzindo.
Em momento algum ousei chegar perto, me contentava em observa-la de longe e me divertia em cruzar seu olhar quando assim acontecia.

Engraçado ver os caras se aproximando e falando coisas. Sempre simpática se desvencilhava facilmente e permanecia atraindo a atenção dos mais atentos. Até que um chegou e começou a dançar sem falar nada, ela não saiu do lugar e os dois começaram a trocar intenções. Ele colocou as mãos na sua cintura e aproximou o rosto. Achei que fosse seu namorado ou alguém com quem estivesse ficando, mas não. Ela permitiu sua investida mas não o beijou, se virou de costas e encostou nele, mas olhava pra mim e sorria.
Achei engraçado, fiquei um pouco confuso mas foi excitante.
Ela então esfregava e se mexia deixando-o quase desconcertado, depois virava novamente de frente o encarava. Todas as vezes que tentou beija-la, ela se afastou, até que saiu e o deixou dançando sozinho.

Encontrou algumas amigas e ficaram conversando foi então que confirmei que não parava de olhar para onde estava. Cheguei a mudar de lugar para me certificar de que seus olhares vinham na minha direção e não estava enganado. Continuei mantendo a distancia.

Ela se levantou do meu colo.
Esperei um pouco para ver o que aconteceria e logo senti sua respiração ofegante nos meus ouvidos. Fiz que ia tirar a venda, mas fui impedido e senti suas mãos tocarem as minhas novamente.
Me levou até sua barriga e agora já nenhum tecido aparentemente.
Apertou forte meus punhos e aproximou seus seios de mim.
Fiquei louco quando encostou de leve na minha boca.
Me tocava com os bicos e se afastava.
Senti um cheiro delicioso.
Fez isso por mais alguns segundos e logo me entregou para que pudesse beija-los com tesão.
Passei lentamente minha boca, movimentando minha cabeça ora para um lado, ora para o outro me deliciando com a tensão se seus peitinhos. Consegui finalmente toca-los com as mãos e ouvi um gemido delicado. Fui passando com vontade e apertando de leve com os dedos o que a fez se derreter ainda mais.

- Adoro essas unhas negras.
sussurrou pra mim .

Minha calça a esta altura já estava me machucando, mas nem pensei em parar.
Se afastou novamente.
Fiquei alucinado.
Tentei ir em sua direção mas fui orientado a me controlar e esperar suas indicações.
Se fez presente no meu colo. Disse no meu ouvido que poderia vagar com minha boca e minhas mãos por onde quisesse, mas que não deveria tirar sua calcinha.
Me entreguei então a beijando freneticamente na boca, pescoço, na nuca onde permaneci por algum tempo sentindo o cheiro dos seus cabelos. Abraçava com força enquanto ela se movia como quem dança sem se esforçar. Suspirava em busca de oxigênio enquanto suas mãos se esfregavam no meu corpo.
Nos beijamos por longos minutos, já molhados de suor.

Levantou-se novamente. Retirou minhas botas com um pouco de dificuldade, abriu zíper da minha calça e em seguida me despiu.
Pegou minha mão esquerda e mandou que afastasse sua calcinha para o lado. Continuei cumprindo suas ordens.
Da minha mão direita ela escolheu dois dedos e suavemente passou por entre as suas pernas. Senti então o quanto estava excitada. Meus dedos já envolvidos e molhados foram até minha boca e pude finalmente sentir seu gosto.
Permanecemos por um tempo nessa brincadeirinha até que me levantou e trocou de posição comigo.
Foi descobrindo meu corpo parte a parte e me beijando na barriga, depois nos meus peitos novamente até tirar a última peça de roupa com a qual me encontrava para que eu pudesse senti-la deliciosamente.
Pedi para retirar a venda , pois queria vê-la nua e observar sua boca me beijando gostoso. Me mandou esperar só mais um pouco. Me colocou de joelhos diante dela e com as duas mãos arranquei com raiva sua calcinha.Segurou forte minha cabeça e me levou até suas coxas onde me entreguei extasiado a beijos longos e sensações de êxtase total. Como me dediquei ali !!!! ADORO !!!!!!!!!
Ela já não escondia seu desejo e seus gemidos já poderiam ser escutados por algum vizinho insone. A madrugada foi nos carregando e entre um pouco de bebida, alguns incensos fomos nos conhecendo pouco a pouco.

Pacientemente pedi mais uma vez para tirar a venda e finalmente fui autorizado. Estava de olhos bem fechados quando se aproximou e desfez o nó atrás da minha cabeça. Cheguei a sentir seus peitinhos encostando em mim e isso só me deixou mais curioso e mais excitado. Então mandou que abrisse meus olhos e fiquei extasiado com sua beleza. Uma mulher ..... deliciosa, naturalmente deliciosa.
Trocamos algumas palavras mas estava completamente seduzido. Fiz tudo de novo só que dessa vez usando o recurso da visão que me trouxe um prazer ainda maior. Seus lábios, suas expressões, seus seios melhores do que imaginei. Como me diverti conhecendo cada pedacinho do seu corpo.

Deitou no chão de costas para mim.
Agarrei com força seus cabelos enquanto uma de minhas mãos percorria todo suas coxas . Ela fazia movimentos do contração e se mexia feito uma louca. Peguei forte com as duas mãos em sua cintura e nos encontramos num só lugar !!!!!!!!
Nesse instante a chuva que caia do lado de fora parecia uma tempestade e o barulho da música e dos trovões de misturavam com nosso confronto no tapete da sala.
Foi assim, dançamos a noite toda.
Nos divertimos até quando o cansaço deu suas boas vindas.
Dormimos ali mesmo.

Acordei bem tarde com uma outra música tocando.
Procurei pela casa e a encontrei tomando um banho de porta aberta.

Bom.... ai ... é uma outra história.
Viva a sexta feira!!!!!!

Tico Sta Cruz